29/12/2022 às 09h35min - Atualizada em 29/12/2022 às 09h35min

Bolsonaristas autores de ataques em Brasília – DF são presos pela Polícia Civil e Polícia Federal

Ação cumpre 32 mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e em 7 estados; entre crimes apurados, estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Entre alvos, frequentadores dos atos no Quartel-General do Exército.

Redação
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), junto à Polícia Federal (PF), deflagrou megaoperação, nas primeiras horas desta quinta-feira (29), para prender extremistas que tentaram invadir a sede da PF, na Asa Norte, em Brasília – DF, no último dia 12 de dezembro, as informações são do Portal Metrópoles.
 
As equipes cumprem 32 mandados de busca e apreensão e de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além do Distrito Federal, a Operação Nero é deflagrada simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.
 
Um dos alvos do mandado de prisão é a bolsonarista Klio Hirano. Ela foi presa nessa quarta-feira (28). Os demais envolvidos são procurados na ação desta manhã.
 
Nas mídias sociais, Klio exibe uma série de publicações, vídeos e fotos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília e em encontro com outros autodenominados “patriotas”.
 
Outro alvo detido pelas forças policiais é Átila Reginaldo Franco de Melo, 41 anos, que recebeu voz de prisão em São Gonçalo – RJ. Átila fez campanha para Bolsonaro e chegou a passar pelo acampamento do QG do Exército em Brasília, juntamente com a esposa.
 
O terceiro detido é Joel Pires Santana, 40 anos, nascido em Cacoal – RO e pastor evangélico. Ele foi detido em Rondônia e participa com frequência dos atos antidemocráticos em Brasília.
 
Já Ricardo Yukio Aoyama, 33 anos, não chegou a ser preso, mas sua casa, em Rondônia, foi alvo de busca e apreensão. No imóvel, os agentes encontraram uma pistola. Ele não estava na residência é considerado foragido da Justiça.
 
Conforme investigação da PCDF e da PF, Ricardo teria sido o responsável por comprar combustíveis durante os atos de vandalismo em Brasília. No dia dos ataques, dezenas de veículos foram incendiados na região central da cidade. Nas redes sociais, Ricardo se apresenta como apoiador do presidente Bolsonaro.
 
A investigação – conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor) – e pela Polícia Federal revelou que os criminosos estavam acampados em frente ao QG do Exército ou passaram pela concentração de bolsonaristas.
 
Após análises detalhadas, policiais civis identificaram a participação de cada um dos presos nos atos e detectaram, ainda, três responsáveis por comprar os combustíveis usados na depredação de bens públicos e particulares.
 
No total, os grupos de pessoas vestidas com camiseta verde e amarela incendiaram 25 carros e cinco ônibus. Os bandidos depredaram comércios, postos de combustíveis e até a sede da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central).
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