28/12/2022 às 19h57min - Atualizada em 28/12/2022 às 19h57min

Polícia boliviana detém governador de Santa Cruz, Luís Fernando Camacho

Alguns na Bolívia fazem uma analogia entre Camacho e o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó. Ele havia sido recentemente acusado de terrorismo por uma greve de 36 dias.

Redação
A polícia boliviana prendeu nesta quarta-feira (28) Luís Fernando Camacho, governador do departamento de Santa Cruz e principal líder da oposição ao governo de Luís Arce. Camacho é acusado de promover uma greve de 36 dias naquela jurisdição.
 
“Informamos ao povo boliviano que a Polícia boliviana cumpriu o mandado de prisão contra o senhor Luís Fernando Camacho”, disse o oficial nas redes sociais.
 
Camacho, que é chefe da aliança de oposição Creemos, estava sendo investigado pelo Ministério Público pelo golpe de 2019, quando o ex-presidente Evo Morales (2006-2019) foi forçado a renunciar.
 
Além disso, ele havia sido recentemente acusado de terrorismo pela greve de 36 dias para exigir o Censo de População e Habitação. O governo boliviano acusa a oposição de desestabilizar o país e politizar a realização do censo ao exigir que o trabalho fosse conduzido em 2023 sem nenhum argumento técnico. O senso será realizado em março de 2024.
 
Advogado de 41 anos e mestre em direito tributário pela Universidade de Barcelona, ​​​​Camacho ganhou notoriedade como presidente do Comitê Pró-Santa Cruz (leste), um conglomerado de entidades empresariais, de bairro e trabalhistas de direita na região mais rica da Bolívia.
 
Após as eleições de 20 de outubro de 2019, ele convocou os primeiros protestos para denunciar supostas fraudes nas urnas. Na noite de 4 de novembro, enquanto os protestos aumentavam, Camacho voou de Santa Cruz a La Paz para forçar Morales a assinar uma carta de demissão que ele mesmo redigiu. Ele apoiou o governo de Jeanine Áñez, mas depois teve desavenças com a ex-governante.
 
Alguns na Bolívia fazem uma analogia entre Camacho e o venezuelano Juan Guaidó, que liderou uma tentativa frustrada de desestabilização e de golpe de Estado em Caracas em 2019.
 
Segundo o Kawsachun News, grupos fascistas em Santa Cruz estão agredindo policiais e funcionários do aeroporto para protestar contra a prisão de Camacho.
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