25/08/2022 às 11h32min - Atualizada em 25/08/2022 às 11h32min

Sem vacina, Brasil se aproxima dos 4 mil casos de varíola dos macacos

Importação do imunizante está em análise pela Anvisa. As primeiras 50 mil doses serão aplicadas em profissionais da saúde.

Redação
O Brasil se aproxima dos 4 mil casos confirmados de varíola dos macacos. O último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na noite de terça-feira (23), informa que 3.984 pacientes foram diagnosticados com a doença.
 
A maior parte dos casos está concentrada no estado de São Paulo: 2.567. Rio de Janeiro vem em seguida, com 472. Minas Gerais está em terceiro lugar no ranking, com 216 registros confirmados e um óbito. O único falecimento constatado no país trata-se de um homem de 41 anos, que tinha diversas comorbidades e enfrentava um câncer. Ele estava internado em Belo Horizonte.
 
Agora, o governo aguarda permissão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar 50 mil doses de vacinas e cerca de 500 unidades de antivirais comprados pelo fundo rotatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). A aquisição é viabilizada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
 
Na terça-feira, o Ministério da Saúde enviou à Anvisa a solicitação de dispensa de registro para a compra das vacinas. O pedido para aquisição do antiviral tecovirimat ocorreu nesta quarta-feira. O órgão deve analisar o caso ao longo da próxima semana.
 
O processo só foi possível depois de determinação do órgão regulador – que autorizou, na sexta-feira (19), a compra de remédios e vacina contra monkeypox. Os fármacos ainda não são registrados no Brasil, devido ao caráter de urgência.
 
Quem será vacinado?
Na segunda-feira (22), durante lançamento da Campanha Nacional de Prevenção à Varíola dos Macacos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicou que as 50 mil doses serão destinadas a 25 mil pessoas, já que a aplicação é em dose dupla.
 
Os imunizantes serão aplicados somente em profissionais de saúde que têm contato direto com o vírus.
 
As unidades são produzidas pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic. A entrega das doses está atrasada: a ideia inicial era de que os imunizantes fossem enviados até o fim de agosto, em duas remessas.
 
Queiroga ainda afirmou que a entrega deve ficar para o início de setembro, em três etapas.
 
“A previsão era de que se entregasse no fim do mês de agosto. A Socorro [Gross, representante da Opas] me informou que seria no começo de setembro. Seriam duas remessas, são três agora. Há uma carência desse insumo a nível mundial”, explicou Queiroga.
 
Além das vacinas, o Ministério da Saúde solicitou à Opas a compra de 10 doses do antiviral tecovirimat para tratamentos imediatos, e mais 50 unidades para casos graves. O órgão também negocia o transporte de mais 12 unidades doadas pelo laboratório produtor, e a compra de mais 504 doses.
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