26/05/2022 às 10h28min - Atualizada em 26/05/2022 às 10h28min

MP prende 9 PMs acusados de corrupção; comandante de batalhão é alvo e foi afastado

Segundo as investigações, os policiais sequestravam criminosos, vendiam armas, vazavam operações e faziam ‘troia’ contra traficantes. Agentes apreenderam R$ 133 mil em espécie na casa e na sala no batalhão de chefe do Serviço Reservado.

Redação
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Corregedoria da PM prenderam nesta quinta-feira (26) nove policiais militares na Operação Mercenários. Ao todo, 11 PMs eram procurados por corrupção, tortura, peculato e concussão – quando um funcionário público usa o cargo para obter vantagens indevidas, as informações são do Portal g1.
 
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) afirma que o grupo sequestrava criminosos mediante tortura e pagamento de resgate, vendia armas, vazava operações e fazia troia, uma espécie de tocaia para surpreender traficantes.
 
O MP cita como exemplo que quatro dos denunciados exigiram R$ 1 milhão de Léo Marrinha, chefe do tráfico do Cantagalo/Pavão-Pavãozinho, para não o prender.
 
Entre os investigados, estão o comandante do 15º BPM (Duque de Caxias – RJ), o tenente-coronel André Araújo de Oliveira, que foi afastado, e o chefe do Serviço Reservado (P2) do batalhão, o capitão Anderson Santos Orrico. Contra os dois havia mandados de busca e apreensão. Na casa de Orrico, agentes retiveram R$ 96 mil.
 
A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que está colaborando com as investigações.
 
“A secretaria e o MPRJ atuam conjuntamente para cumprimento de mandados de prisão e mandados de busca e apreensão em desfavor de policiais militares”, afirmou, em nota.
 
“Preventivamente, o comandante do 15º BPM foi afastado da unidade visando à isenção no andamento do caso. A Polícia Militar não compactua com desvios de conduta e tem como objetivo a apuração dos fatos”, disse.
 
Armas e dinheiro apreendidos
Além das prisões, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
 
Um dos endereços visados foi o Batalhão de Duque de Caxias. Lá, agentes vasculharam armários e escritórios. Na sala de Orrico, o MP apreendeu R$ 37 mil em espécie. Somando os R$ 96 mil da casa dele, foram R$ 133 mil retidos.
 
Na casa do subtenente Antônio Carlos dos Santos Alves, lotado no Batalhão de Caxias, agentes apreenderam armas pesadas, munição, radiocomunicadores, joias e R$ 120 mil em espécie.
 
Presos
  • Adelmo da Silva Guerini Fernandes
  • Antônio Carlos dos Santos Alves
  • Marcelo Paulo dos Anjos Benício
  • Mário Paiva Saraiva
  • Oly do Socorro Biage Cei de Novaes
  • Vitor Mayrinck
Três ainda não haviam sido identificados.
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