10/02/2022 às 16h27min - Atualizada em 10/02/2022 às 16h27min

Casos de apologia ao nazismo crescem desde a eleição de Bolsonaro: “é como se tivéssemos aberto uma caixa de pandora”

Para historiadora da PUC-SP, as pessoas saíram da “deep web”, onde não podem ser achadas por meio de mecanismos de busca, para “defender o indefensável”.

Redação
A exposição de casos de apologia ao nazismo protagonizados nos últimos dias pelo youtuber Bruno Aiub, o Monark, do deputado Kim Kataguiri (DEM) no ‘Flow Podcast’ e do ex-comentarista Adrilles Jorge são reflexos de uma ‘caixa de pandora’ aberta desde que Bolsonaro foi eleito em 2018.
 
Para a doutora em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Pietra Diwan, este tipo de intolerância vem ganhando espaço após a vitórias de Donald Trump nos Estados Unidos em 2016, e de Jair Bolsonaro (PL) no Brasil, em 2018.
 
“Esse fenômeno é agravado pela vitória de Jair Bolsonaro e a agenda de extrema direta que ele defende. É como se tivéssemos aberto uma caixa de pandora que já existia, mas agora as pessoas se sentem mais à vontade, não estão apenas mais na deep web”.
 
De acordo com dados da Polícia Federal, os posicionamentos destas figuras públicas relativizando a gravidade da ideologia nazista, crescem na mesma proporção do número de denúncias sobre apologia ao nazismo no Brasil.
 
Segundo a PF, foram abertos entre janeiro e outubro de 2021, 51 inquéritos para apurar tais tipos de casos. Outros 110 ao longo de 2020 e 69 no ano anterior. O número de investigações protocoladas sobre o tema supera a média da última década – de 12 inquéritos por ano entre 2010 e 2018, informa o jornal O Globo.
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