Você já teve corrimento vaginal? Já ouviu falar em candidíase? Neste episódio a ginecologista Dra. Denise Yanasse dá mais detalhes sobre o assunto.
A candidíase é uma infecção vaginal muito comum. Estima-se que 3 a cada 4 mulheres terão uma infecção vaginal causada pela cândida ao longo da vida.
Principais sintomas da candidíase vaginal?
Corrimento vaginal branco, com aspecto de ricota ou leite coalhado;
Coceira intensa e irritação vaginal e da vulva, que é a parte externa da vagina;
Ardência vaginal, com sensação de queimação, pode estar presente tanto na relação sexual ou para urinar;
Vermelhidão e inchaço da vulva e vagina.
Esses sintomas são ocasionados principalmente pela infecção e intensa inflamação da vagina e da vulva, causada por um fungo chamado Cândida, por isso o nome candidíase. Existem vários tipos de cândidas presentes em muitas partes do nosso corpo. A que geralmente mais causa infecção vaginal é a cândida albicans.
No nosso corpo, na nossa pele por exemplo, existem diversos microorganismos que estão convivendo conosco sem nenhum problema. Isso é o que chamamos de flora ou microbiota normal. Da mesma maneira que a pele, outros lugares do corpo como vagina, boca, intestino dentre outros também possuem esses microorganismos da flora. A cândida, juntamente com outras bactérias como os lactobacilos, faz parte da flora vaginal normal da mulher, ou seja, ela pode estar presente na vagina da mulher e não causar nenhuma infecção.
Geralmente ela está presente em pequenas quantidades enquanto os lactobacilos predominam. Quando, por algum motivo, ocorre um desequilíbrio dessa flora vaginal, a cândida acaba por se multiplicar mais e mais, e a partir daí ela passa a nos agredir, e é quando temos a infecção e os sintomas de candidíase.
Esse desequilíbrio pode ocorrer mais frequentemente em situações como:
Uso de antibióticos;
Estresse;
Gravidez;
Diabetes descontrolado;
Situações que causam queda da imunidade;
Alterações hormonais e do PH vaginal;
Uso de roupas íntimas apertadas, com tecido não respirável ou biquíni molhado que aumenta a umidade e o calor;
Uso de sabonetes vaginais.
Diagnóstico Na maioria das vezes, o diagnóstico é feito através da conversa com um médico sobre os sintomas juntamente com o exame físico, que inclui o exame vaginal para avaliar o aspecto dessa secreção e a presença de outras lesões.
Tratamento O tratamento é feito com medicações antifúngicas, que podem ser dadas para ação local, sendo via vaginal em forma de creme ou óvulos, com aplicação externa na vulva. Pode-se também usar um comprimido antifúngico via oral. O médico irá avaliar qual a melhor via de tratamento para cada caso. Geralmente os sintomas começam a melhorar em 2 a 3 dias do início do tratamento.
Para saber mais, assista ao vídeo no Canal Dr. Ajuda.
