O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o fim dos conflitos entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Durante o programa Conversa com o Presidente desta terça-feira (14), transmitido pelo Canal Gov, Lula condenou o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, mas reiterou que os israelenses estão cometendo crimes ao matar crianças, mulheres e inocentes nos bombardeios em Gaza.
“É verdade que houve um ataque terrorista do Hamas, e nós combatemos desde o início. Mas o comportamento de Israel fazendo o que está fazendo com crianças, com hospital, com mulheres, com crianças. São mais de cinco mil crianças que já morreram, tem 1250 crianças desaparecidas que certamente estão embaixo dos escombros”, disse o presidente.
Lula também defendeu mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para que a instituição tenha mais eficiência na resolução de conflitos.
“A ONU de 1945 não vale mais nada em 2023, é por isso que nós precisamos mudar a quantidade de pessoas e o funcionamento e acabar com o direito de veto”, destacou. Ele reiterou ainda que o Brasil defende a existência de dois estados independentes, Israel e Palestina, vivendo em paz e harmonia.
O presidente disse que estava feliz por ter recebido na noite desta segunda-feira (13), o grupo de 32 brasileiros e familiares que foram resgatados da Faixa de Gaza.
“Foi uma noite muita aguardada porque nós estávamos há muitos dias tentando trazer o pessoal que estava na Faixa de Gaza, não foram poucas as conversas com vários presidentes de países. Era muita conversa e pouca solução”, lembrou.
O presidente disse, ainda, que o Brasil vai continuar a buscar mais brasileiros em Gaza. “Nós agora temos responsabilidade de encontrar mais brasileiros que estão lá, ou tentar liberar parentes de brasileiros que estão lá e querem sair, porque é o mínimo que a gente pode fazer. É ser humano no mento que os humanos precisam de humanismo”.
Educação O ministro da Educação, Camilo Santana, também participou do programa. O ministro lembrou que houve abstenção de 28% no primeiro dia de prova e de 32% no segundo, mantendo a média de outros anos. No entanto, o presidente Lula defendeu realizar uma pesquisa para descobrir a causa das abstenções para buscar soluções para diminuir esse percentual.
“Da parte da Presidência da República, o Ministério da Educação terá todo o apoio para que a gente investigue porque eu quero que todo jovem brasilerio tenha o direito de fazer um curso universitário”, disse Lula.
Camilo Santana lembrou também da evasão do ensino médio e que o Governo Federal vai lançar ainda este ano uma bolsa para esses estudantes. Segundo o ministro, os estudantes vão receber um benefício mensal e a cada ano concluído será depositado um valor em uma conta que só poderá ser resgatado quando ele concluir o terceiro ano do ensino médio.
“Será uma das maiores políticas para garantir que não vamos perder essa juventude nas escolas brasileiras”, disse Camilo.
Já sobre os estudantes que concluíram o ensino superior com recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), mas que não estão conseguindo pagar os contratos, o presidente Lula lembrou que o governo criou um programa de renegociação das dívidas com desconto que chega a mais de 90%. O ministro citou o caso de uma dentista que devia R$ 300 mil, mas com a negociação vai cair para R$ 25 mil, que poderá ser dividido em até 150 vezes.
“É a condição para que essas pessoas possam se libertar e ter a oportunidade e mais tranquilidade no futuro”, ressaltou o ministro.
