31/12/2021 às 09h39min - Atualizada em 31/12/2021 às 09h39min

Menina de 12 anos morre vítima da H3N2 em Santa Catarina

Uma segunda morte por Influenza foi registrada no Estado, mas sem identificação do subtipo.

Redação
Santa Catarina confirmou a primeira morte por H3N2 nesta quinta-feira (30). A informação foi divulgada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC). A vítima, era uma adolescente de 12 anos, moradora de Brusque, que morreu em dezembro.
 
Além disso, a Secretária de Saúde também confirmou uma morte por Influenza de uma idosa de 96 anos, moradora de Joinville, registrada em dezembro. No entanto, o subtipo do vírus não foi identificado pela Dive.
 
Até dezembro de 2021 foram registrados 55 casos de influenza no Estado, sendo um caso de influenza A (H1N1) pdm09, dois casos de influenza B, 47 casos de influenza H3 e cinco casos de influenza A (não subtipo ou inconclusivo).
 
Na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde já havia emitido um alerta orientando as cidades  a realizar o protocolo indicado pelo Ministério da Saúde.
 
Em Santa Catarina, a vigilância do vírus influenza está sendo realizada através das coletas nas Unidades Sentinelas para Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave, além da análise de todos os caso de SRAG internados em UTI e óbitos.
 
H3N2
Na visão do diretor da Dive-SC, João Augusto Brancher Fuck, embora os resultados sobre a “proteína da superfície neuraminidase (N) ainda não tenham sido divulgados”, é provável que o vírus circulante no Estado seja o H3N2, considerando as informações sobre a doença nos outros estados do país.
 
“A prevenção é uma das formas da população ficar protegida. A ventilação natural dos ambientes é uma das principais medidas de prevenção da gripe e de diversas outras doenças de transmissão respiratória, como Covid-19, resfriado, meningite, entre outras”, explica diretor.
 
O diretor completa que a chamada etiqueta da tosse é fundamental para a prevenção. Isso porque as gotículas infecciosas expelidas em tosses ou espirros podem alcançar até 1,5 metro de distância, atingindo pessoas e toda a região próxima.
 
Como se prevenir?
  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel; Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir o nariz e boca com o antebraço ao espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter o uso da máscara, especialmente nos locais pouco ventilados ou em que não é possível manter o distanciamento social;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos. 
Por que casos estão aumentando em Santa Catarina?
Para o pesquisador Fernando Motta, da Fiocruz, um dos motivos da alta disseminação é o fato de não enfrentarmos epidemias do vírus no último ano. “A falta de circulação fez com que não tivéssemos contato com o vírus Influenza e não rememoramos nosso sistema imunológico a combater o vírus”, explica.
 
A baixa imunização contra a Influenza neste ano, por conta da pandemia de Covid-19, e o fato da cepa Darwin ser “diferente” dos subtipos combatidos nas campanhas de imunização também favoreceram a proliferação. Apenas 67.4% dos catarinenses aptos para tomar a vacina da gripe em 2021 compareceram nos postos, segundo o Ministério da Saúde.
 
“Nós retomamos agora com esse subtipo H3N2, presente na população humana desde 1968. Logicamente, a medida que os anos passam, alterações vão acontecendo e esse subgrupo está associado à cepa Darwin”, explica Mota.
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