13/12/2019 às 13h30min - Atualizada em 13/12/2019 às 13h30min

Rodrigo Maia detona a política externa de Jair Bolsonaro: ministro “é muito ideológico”

Maia viajou para Genebra, na Suíça, em missão oficial da Câmara. Ele se encontrou com Roberto Azevedo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), criticou Jair Bolsonaro (Sem Partido) pela política externa de caráter ideológico, sem levar em consideração os interesses efetivos do Brasil, inclusive comerciais.

“O presidente foi eleito e a política externa é do governo. Agora a minha posição em relação ao ministro das Relações Exteriores é uma posição muito crítica. Acho que ele é muito ideológico e não defende os interesses práticos, pragmáticos dos brasileiros na relação com outros países. Fez mudanças em embaixadores só do ponto de vista ideológico, só porque tinham sido ministros da Dilma, uma besteira, os embaixadores são funcionários de carreira, vão atender a todos os governos respeitando a orientação do governo eleito”, disse.

Maia viajou para Genebra, na Suíça, em missão oficial da Câmara. Ele se encontrou com Roberto Azevedo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio.

Ele ainda continuará lá para encontro com mais dois organismos internacionais e visitará a ONU, instituição que é muito criticada por Bolsonaro, conforme lembra Jamil Chade em sua coluna no Portal UOL.

Sobre a relação com os EUA, ele disse que o governo brasileiros erra ao fazer muitas concessões e não exigir reciprocidade.

“Ninguém podia imaginar da parte do presidente americano posições concretas em defesa de uma relação com o Brasil. Não me pareceu uma coisa provável. É claro que os EUA são muito importantes, mais forte na economia mundial, é bom que o Brasil tenha uma boa relação, mas não vejo os americanos retribuindo essa convergência ideológica entre os dois presidentes em ações práticas que beneficiem a economia brasileira, por exemplo”, destacou.

Os EUA não apoiaram a entrada do Brasil na OCDE, ao contrário do que havia sido prometido e não liberam a compra da carne brasileira. Além disso, Donald Trump ameaça sobretaxar o aço e o alumínio.

“Eu acho que há uma relação do Brasil com os EUA e não há uma relação dos EUA com o Brasil. E é normal. O presidente americano já está em campanha. O eleitor dele é nacionalista e basicamente anti-América do Sul, pelo menos é o que vejo à distancia”, destacou.


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