27/11/2021 às 20h34min - Atualizada em 27/11/2021 às 20h34min

Doria vence as prévias do PSDB e será o candidato do partido a presidente da República

Governador de São Paulo obteve 53,99% dos votos e superou Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul (44,66%) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (1,35%).

Redação
O governador de São Paulo, João Doria, venceu as prévias do PSDB em primeiro turno neste sábado (27) e será o candidato do partido à Presidência da República na eleição do ano que vem.
 
Ele obteve mais que a maioria simples (50% dos votos mais um) e superou nas prévias o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e o ex-prefeito de Manaus – AM Arthur Virgílio Neto.
 
O resultado final foi o seguinte:
  • João Doria – 53,99% dos votos
  • Eduardo Leite – 44,66%
  • Arthur Virgílio – 1,35%
Esta foi a primeira vez que o partido recorreu à realização de prévias para escolher o candidato à Presidência da República.
 
Em razão de problemas no aplicativo de votação, as prévias iniciadas no último domingo tiveram de ser interrompidas durante quase uma semana e só foram concluídas neste sábado.


A disputa foi marcada por divergências entre os pré-candidatos, que dividiram posições dentro da legenda. Ao longo da pré-campanha, Doria e Leite trocaram farpas, e a demora para a conclusão da votação acabou agravando a crise entre os governadores.
 
Após o anúncio do resultado, o ex-prefeito e ex-senador Arthur Virgílio afirmou que a prioridade agora será “unir o partido”.
 
Eduardo Leite afirmou que o partido tomou a “decisão absolutamente soberana, que tem meu reconhecimento”.
 
“Desejo a ti toda a sorte, a força, para lutar a luta que tem pela frente”, disse, dirigindo-se a Doria.
 
No discurso após o anúncio do resultado, Doria ressaltou realizações de figuras do PSDB nos governos do partido e atacou rivais, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), prováveis adversários na eleição presidencial do ano que vem. Falou em vencer “a corrupção e a incompetência”.


Em relação a Lula, disse que a adoção de políticas sociais não justifica “o maior esquema de corrupção do qual se tem notícia”.
 
“Os governos Lula e Dilma representaram a captura do estado pelo maior esquema de corrupção do qual se tem notícia no país, a moralidade convertida em roubalheira. Fazer políticas públicas para os mais pobres não dá direito, a quem quer que seja, de roubar o dinheiro público. Os fins não justificam os meios. A péssima gestão da economia com Dilma nos legou dois anos de recessão e desemprego”, declarou.
 
Segundo Doria, Bolsonaro “vendeu um sonho e entregou um pesadelo”.
 
“Nosso fraterno Brasil se transformou no Brasil da discórdia, da desunião, do conflito, da briga entre familiares e amigos, da arrogância política. Da violência contra a democracia. Dos ataques à imprensa e a jornalistas”, disse.
 
João Doria tem 63 anos e foi eleito governador de São Paulo em 2018, com mais de 10,9 milhões de votos. Assim como Eduardo Leite, apoiou Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição, ocasião em que foi cunhado o slogan “BolsoDoria”.
 
Antes de ser governador de São Paulo, o tucano, que é formado em jornalismo e publicidade e atuava no ramo empresarial, foi prefeito da capital paulista, em 2016. Ele se filiou ao PSDB em 2001.
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