18/11/2021 às 21h02min - Atualizada em 18/11/2021 às 21h02min

Governo Bolsonaro segurou divulgação de dados de desmatamento antes da COP26

Relatório do Inpe, apresentado nesta quinta-feira (18), mostra avanço de 22%, índice mais elevado desde 2006.

Redação
Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite-Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), publicados nesta quinta-feira (18), mostram que o desmatamento na Amazônia, nos 12 meses entre agosto de 2020 e julho de 2021, foi o maior para esse intervalo de tempo desde 2006. Com um total de 13,235 mil km² árvores perdidas no último ano, a informação, entretanto, era conhecida pelo governo brasileiro desde antes da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP 26).
 
A data de 27 de outubro na nota técnica informa que o péssimo resultado já era sabido pelas autoridades, mas apenas agora foi publicado. A COP, que foi realizada em Glasgow, na Escócia, começou quatro dias depois que as informações sobre o desmatamento tinham sido liberadas.
 
Na última segunda-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) afirmou, diante de empresários e autoridades árabes, que a Amazônia é “úmida” e “não pega fogo”. Em 2020, o mandatário do país fez a mesma observação e afirmou que há uma “seita ambiental” europeia, cujo interesses são estimular uma “briga comercial” para prejudicar o agronegócio brasileiro.
 
Em uma conversa recente com a imprensa, o presidente chegou a dizer que o Brasil foi “atacado” durante a (COP 26): “Ali [COP] é um local onde quase todos apresentam os problemas para os outros resolverem. Você pode ver. China, Índia, EUA não assinaram nada. Nós somos os que mais contribuímos para a não emissão de gases de efeito estufa e que por vezes mais pagamos a conta, mais somos atacados”, disse o presidente.
 
 
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