17/11/2021 às 23h32min - Atualizada em 17/11/2021 às 23h32min

Eduardo Leite repassou a Doria pedido do governo Bolsonaro para atrasar início da vacinação

Em pauta, a tentativa de evitar que Doria iniciasse por conta própria a vacinação contra a Covid-19.

Redação
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), admitiu nesta quarta-feira (17) que ligou para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a pedido do ministro Luiz Eduardo Ramos (então na Secretaria de Governo), em janeiro deste ano. Em pauta, a tentativa de evitar que Doria iniciasse por conta própria a vacinação contra a Covid-19.
 
Ramos, por meio de Leite, queria que Doria adiasse a aplicação da 1ª dose, a fim de alinhar a campanha em São Paulo ao plano nacional. O atraso não se concretizou e o governo paulista promoveu uma cerimônia em 17 de janeiro para celebrar o início da vacinação.
 
“Houve uma conversa [com Doria] nessa direção, não foi um pedido de intervenção, mas um pedido de reflexão. Talvez tivesse sido positivo ao País que se fizesse um esforço de coordenação e engajamento, já que era uma questão nacional”, disse Leite ao jornal Folha de S. Paulo.
 
Após a publicação da entrevista, a equipe do governador gaúcho divulgou uma nota em que afirma que a conversa com Doria tinha como centro a “coordenação nacional de vacinação”.
 
“Leite ligou para Doria para debater como os dois conduziriam esta questão. Privilegiariam a coordenação nacional num momento em que o governo federal assumira o compromisso de vacinar, ou trabalhariam sem ela? Doria rechaçou a coordenação nacional e disse que iria conquistar, a qualquer custo, a aplicação da 1ª vacina. Leite questionou se isso seria seguro para a população – valia a pena sacrificar a ideia da coordenação nacional? Doria respondeu: ‘Eu vou aplicar a 1ª vacina, custe o que custar’ Leite, então, desistiu de continuar a conversa”.
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