07/12/2019 às 19h01min - Atualizada em 07/12/2019 às 19h01min

Número de transplantes realizados no HC da Unicamp aumenta 13% em um ano

Foram realizados 312 procedimentos de janeiro a outubro deste ano, contra 276 no mesmo período de 2018. Dados foram obtidos por Lei de Acesso à Informação.

O número de transplantes de órgãos realizados no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, em Campinas - SP, aumentou 13% em um ano. De acordo com dados obtidos pelo Portal G1 pela Lei de Acesso à Informação (LAI), foram realizados 312 procedimentos de janeiro a outubro de 2019, enquanto no mesmo período de 2018 o índice foi de 276.

Os dados correspondem aos cinco tipos de transplantes feitos na unidade: medula óssea, rim, fígado, córnea e coração. Além do aumento em relação ao mesmo período, o número registrado em dez meses já é quase igual ao balanço fechado do ano passado, quando foram realizados 365 procedimentos.

No entanto, apesar do aumento em um ano, os índices de transplantes em 2019 não devem se aproximar dos 485 contabilizados em 2017, quando o hospital registrou recorde histórico de cirurgias desde 1984.

Nos últimos dez anos, os procedimentos de transplantes na unidade médica sempre ultrapassaram o índice de 300 cirurgias, exceto em 2013 (290) e 2014 (281).

Os tipos de transplantes mais comuns feitos no HC da Unicamp são de rim e fígado. A unidade é referência para este tipo de procedimento via Sistema Único de Saúde (SUS) e atende 6,5 milhões de moradores em 86 municípios da microrregião de Campinas.

Ainda segundo os dados do HC da Unicamp, foram realizados 49 transplantes de fígado de janeiro a outubro deste ano, seis a mais do que em dez meses do ano passado. A especialista responsável pelos procedimentos no HC, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin, afirmou que o aumento está diretamente relacionado à divulgação das doações de órgãos.

De acordo com Ilka, um dos motivos para o número de transplantes não ser ainda maior é a logística. A especialista afirmou que muitos procedimentos não são concretizados por conta dos grandes deslocamentos que, muitas vezes, os órgãos têm de fazer.

“Às vezes, esse descarte ocorre por falta de logística terrestre ou aérea como tempestades ou distância as vezes de 4 mil km, porque somos um país com grande extensão territorial”, explicou.


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