O Brasil sofreu um retrocesso de 30 anos na área socioambiental durante os três anos do governo Jair Bolsonaro (Sem Partido). Foi o que apontou um dossiê lançado nessa quinta-feira (28) pelo Sinal de Fumaça, plataforma que sistematiza semanalmente dados e fatos sobre a crise socioambiental brasileira.
Batizado de “Governo JB – Menos 30 anos em 3”, o documento responsabilizou não só o governo Bolsonaro pelo retrocesso na área socioambiental, mas também a agenda de desmonte no Congresso Nacional sob as gestões de Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD), presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente.
De acordo com o dossiê, as consequências “extrapolam em muito as reformas infralegais verbalizadas pelo ex-ministro Ricardo Salles em abril de 2020” – ocasião em que ele revelou a intenção de “passar a boiada”.
“Quando o deputado Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco assumiram as presidências das casas, em fevereiro de 2021, projetos de lei relacionados ao uso da terra e ao licenciamento de grandes empreendimentos passaram a tramitar de forma acelerada com a benção do Palácio do Planalto. A boiada começou a ser tocada no legislativo, com a possibilidade de impactos mais profundos e duradouros”, afirmou um trecho do dossiê.