No Ceará, Cellina Landim Gonçalves Afonso e Sophia Bessa Silva criaram a Jujuba Proteica para o combate à desnutrição infantil. Em São Paulo, Giovana Lopes de Oliveira e Évelin Ferreira da Silva criaram um jogo virtual para incentivar a doação de sangue. Em Brasília – DF, Graziella Silva Viana Doche e Maria Clara Gomes Vieira desenvolveram um projeto que visa auxiliar autistas e/ou pessoas com dificuldades de concentração a melhorarem o seu desempenho acadêmico.
Esses são apenas 3 dos 10 projetos vencedores entre as categorias coletiva e individual da terceira edição do Prêmio Mude o Mundo Como Uma Menina, que aconteceu nesse sábado (23/10), visando empoderar, reconhecer talentos e discutir os desafios e soluções sobre o futuro das meninas, por meio de ferramentas de impacto e transformação, abordando também os desafios e oportunidades na luta pela igualdade de gênero.
“Essa edição do prêmio nos surpreendeu pela trajetória impressionante das concorrentes e pela qualidade dos trabalhos realizados mesmo em um cenário pós-pandemia. Para nós, é uma alegria imensa poder impulsionar ainda mais esse talentos e ajudá-las a conquistarem seu potencial. Mais uma vez o Prêmio Mude o Mundo como uma Menina, mostra que a próxima geração de mulheres líderes está aí, o que elas precisam agora é de apoio e oportunidade. Em 2022, esperamos impactar positivamente ainda mais meninas e levar a história dessas meninas incríveis para que meninas de gerações ainda mais novas também se sintam inspiradas a mudarem o seu mundo”, destaca Déborah De Mari, CEO da Força Meninas e idealizadora do prêmio e considerada uma das 100 pessoas mais influentes em políticas de gênero no mundo, na categoria de tecnologia e inovação, pela Apolithical, instituição do Reino Unido.
O Prêmio Mude o Mundo Como Uma Menina teve nessa edição o Banco Original como principal parceiro. O Consulado do Canadá e Consultoria Global em Sustentabilidade e Meio Ambiente ERM também apoiaram o evento.
Esse reconhecimento permitirá que as meninas premiadas possam sonhar ainda mais alto, a partir de reconhecimento e incentivo oferecidos por meio da premiação – R$ 1000,00 + 9 meses de mentoria FM para as vencedoras da categoria Coletiva, e R$ 5000,00 + 9 meses de mentoria FM para as vencedoras da categoria individual, além de aceleramento dos projetos selecionados.
Na edição desse ano o Prêmio Mude o Mundo Como Uma Menina também contou com a votação do público, onde as primeiras e segundas colocadas também receberão mentoria de 9 meses. A edição totalizou 3798 votos, com representantes de 13 estados, a maioria da região Nordeste. Para as vencedoras, a premiação ocorria em primeiro lugar para os votos das juradas, enquanto para as primeiras e segunda posições no voto popular. O Ceará registrou o maior número de vencedoras, sendo 3 nas categorias individuais e 1 nos projetos, modalidade coletiva.
Conheça abaixo a relação das meninas que querem mudar o mundo e os projetos vencedores:
Ganhadoras da Edição 2021
Modalidade Individual
Aisha é uma jovem defensora dos direitos reprodutivos das meninas. Filha de uma mãe adolescente, lidera diversas com base na saúde da menina em sua comunidade, ainda aos 15 anos. Em 2020, decidiu desenvolver sua própria iniciativa, De Mãos Dadas, para auxiliar meninas e jovens mães a desenvolverem projetos de vida e evitarem a gravidez indesejada.
Fotos: https://drive.google.com/drive/folders/1QZhNcYnjcUY7ZjSYYLS6923ReQLpcx3g
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Uma jovem líder do sertão Alagoano que desde 2018 tem desbravado sua existência com muito mais intencionalidade, pensando que cada passo seu pode sim mudar sua própria realidade, ajudar sua família e impactar o lugar onde vive, sendo ponte para outros jovens e adultos. Sua causa é a educação que olha para a construção humana de cada ser, o impulsionando para o desenvolvimento pleno com o objetivo de que se tornem cada vez mais questionadores, conscientes, responsáveis, desbravadores e transformadores de sua existência individual e coletiva. Essa é a educação que acredita pois ela mesma vivenciou uma educação que a inibia, que não respeitava seu processo de aprendizagem e suas individualidades. Uma educação em comunidade com a comunidade.
Fotos: sem informação
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Letícia Vieira da Silva, 18 anos – Interior do Ceará
Jovem negra de baixa renda, moradora de zona rural no interior do Ceará – é tudo que a sociedade planejou que ela não fosse: apaixonada por aprender. De Arte Urbana à Astrofísica, ela explora e mostra sua criatividade. Luta ativamente por uma sociedade justa, integrando o Movimento de Mulheres Olga Benário e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas.
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Vitória Rodrigues de Oliveira, 17 anos – São João de Meriti, Rio de Janeiro
Um olhar interseccional, tenta ‘desetilizar’ o mundo do protagonismo jovem com a Ini.se.ativa, onde oferece educação de impacto social com papel e caneta. Seu maior sonho é ser a mulher responsável por solucionar os problemas de segurança pública do Rio de Janeiro.
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Luiza Louback Fontes, 18 anos – Belo Horizonte, Minas Gerais
É poeta e ativista por um Brasil mais leitor e democrático. Criada em uma casa de 7 mulheres, Luiza cresceu sendo inspirada pela determinação de sua mãe solteira que trabalha como assistente social. Ao longo de sua jornada, percebeu que seu acesso à livros era um privilégio, e que populações vulneráveis estavam distantes de ter um contato contínuo com a literatura.
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Rede social: https://www.linkedin.com/in/luiza-louback/
Luana Prado Oliveira Souza, 18 anos – Aracaju, Sergipe
Ela trabalha com o empreendedorismo cívico, sendo fundadora do Movimento Democratizou- movimento juvenil e apartidário pela Democracia de alcance internacional- e como ativista política, tendo atuado como representante nacional de Sergipe no Parlamento Jovem Brasileiro e levado seu ativismo para a política diretamente.
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Catarina Xavier, 13 anos – São Paulo, São Paulo
Cursa o 8° ano do ensino fundamental, ama matemática e tem um sonho ser uma grande influenciadora digital ensinando e compartilhando a matéria de um jeito bem divertido e agradável.
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Modalidade coletiva “Juntas Somos Força”
Motivação: Visando contribuir com a agenda 2030 da ONU que inclui os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, a equipe formulou uma pesquisa científica com base no: 2° ODS que visa reduzir a fome no mundo; 3° ODS que visa assegurar bem estar e vida saudável; 12° ODS plano de consumo e produção sustentável ;13° Desenvolver ações contra mudança global do clima ; 15° Desenvolver ações de proteção para vida terrestre. Desse modo a equipe formulou uma pesquisa com o uso de cianobactérias conhecidas como spirulinas.
Meninas Participantes: Cellina Landim Gonçalves Afonso, 13 anos e Sophia Bessa Silva, 14 anos.
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Motivação: A maior motivação para resolver o problema é o ato de SERVIR e AJUDAR o próximo. Carl Jung uma vez disse: "conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”. Em nossa escola, nós conhecemos 3 alunos autistas que sofriam de algumas consequências do espectro.
Meninas Participantes: Graziella Silva Viana Doche, 17 anos, Maria Clara Gomes Vieira, 17 anos.
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Motivação: Desfavorecimento da mulher na ciência. Nosso projeto foi pensado para tornar a ciência mais acessível entre as mulheres jovens em nosso país, tendo em vista que muitas futuras cientistas não são incentivadas suficientemente, de forma que perdemos grandes talentos científicos. Engajar e incentivar as mulheres a terem mais voz na divulgação da ciência.
Meninas Participantes: Amanda Silva Soares, 20 anos; Kassandra de Oliveira Rodrigues, 15 anos; Camilla Cristina de Queiroz Mendes, 16 anos.
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Motivação: Plataforma que promove contato com especialistas, organização de eventos e palestras de carácter lúdico e informativo, visando a instalação de painéis solares para empoderamento econômico de mulheres de comunidades, em situação de vulnerabilidade,
Meninas Participantes:Julia Lisbõa Rocha Grasciano, 17 anos, Ana Clara Gierse, 17 anos
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Motivação: A saúde da menina está em constante risco no Brasil, principalmente a saúde menstrual. Uma prova é que a regulamentação brasileira ainda classifica os absorventes como produto cosmético, e não como um item essencial para a saúde e dignidade das pessoas que menstruam. Além disso, os absorventes são taxados com altos preços, fazendo com que pessoas de baixa renda não possam arcar com os custos.
Meninas Participantes: Fernanda Mirella Sena dos Santos Alves, 18 anos; Gabriela Santos Rodrigues Veneno, 16; Isabele Pessoa Rodrigues da Silva 19 anos; Maria Eduarda Vale Freire, 16.
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Motivação: A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que somente 16 a cada mil brasileiros são doadores de sangue, o que corresponde a 1,6% da população, enquanto o valor mínimo recomendado é que entre 3% a 5% de pessoas sejam doadores, para que assim, os estoques se mantenham regulados. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).
Meninas Participantes: Giovana Lopes de Oliveira, 16 anos; Évelin Ferreira da Silva, 17 anos; Martyna Ferreira Borges, 17 anos.
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Confira o evento na íntegra por meio do link: https://www.youtube.com/watch?v=jNRQpmVYtT4