Uma nova ação contra o presidente Jair Bolsonaro foi protocolada no Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda. A queixa agora é da organização não governamental All Rise, da Áustria, com apoio de entidades e cientistas de diversos países.
Na queixa protocolada nesta terça-feira (12), os fundadores da organização, Johannes Wesemann e Wolfram Proksch afirmam que o chefe do Executivo do Brasil cometeu crime contra a humanidade em razão de sua política ambiental. A ação é resultado da campanha “O planeta contra Bolsonaro”, criada pela ONG.
“O presidente brasileiro Jair Bolsonaro está destruindo a Amazônia. Suas ações ameaçam a todos nós. Hoje, o planeta revida. Estamos entrando com uma ação contra Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional. Juntos, vamos cobrá-lo”, escreveram os coordenadores em publicação no perfil da campanha no Twitter.
Bolsonaro e Amazônia
No post há um vídeo que mostra todas as consequências nefastas da política de Bolsonaro para o meio ambiente, como o aumento do desmatamento da Amazônia, dos incêndios na região e elevação na emissão de de CO2. “Crimes contra a natureza são crimes contra a humanidade”, ressaltam os organizadores no vídeo.
Para os autores, não se trata de uma iniciativa política. A ação tem quase 300 páginas – mais da metade com argumentos legais e o restante com dados científicos.
“Com base nos comprometimentos climáticos atuais, estima-se que as emissões atribuíveis ao governo Bolsonaro causarão mais de 180 mil mortes por excesso de calor em todo o planeta nos próximos 80 anos”, diz trecho da denúncia.
O Tribunal Penal Internacional, na Holanda, é uma Corte com jurisdição sobre mais de 120 países (dentro os quais o Brasil) e é responsável por julgar indivíduos acusados de crimes contra a humanidade, crimes de guerra, genocídios e crimes ambientais em larga escala.