O Brasil registrou nesta quarta-feira (22) 839 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, com o total de óbitos chegando a 592.357 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 531. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +16% e aponta tendência de alta – voltando a indicar aumento pela primeira vez desde 21 de junho (pouco mais de 3 meses).
A alta se explica em parte porque o comparativo atual é com a média de mortes do dia 9 de setembro, logo após o feriado estendido, quando os registros de óbitos foram menores devido a equipes reduzidas no feriado.
Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta quarta-feira. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Em 31 de julho o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes abaixo de 1 mil, após um período de 191 dias seguidos com valores superiores. De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, no dia 12 de abril.
Nove estados apareces com tendência de alta nas mortes: Acre, Tocantins, Pará, Paraná, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro.
O estado de Roraima não registrou morte em seu boletim do último dia.
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 21.282.612 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 35.658 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 35.763 diagnósticos por dia, o que resulta em uma variação de +96% em relação aos casos registrados na média há duas semanas, passando a indicar tendência de alta.
A média móvel de casos vinha em sequência de queda por 18 dias seguidos até a semana passada, se aproximando de 15 mil diagnósticos diários, mas saltou para acima de 30 mil devido à inserção de dezenas de milhares de casos represados após um ajuste no sistema que concentra esses dados. Ao longo de três dias na última semana, Rio de Janeiro e São Paulo incluíram juntos mais de 150 mil registros de casos por conta desse problema, o que resultou nesse salto na média.
Após os casos da última semana, o Ministério da Saúde informou na segunda-feira, por nota, que “vem realizando melhorias no sistema e-SUS Notifica para melhor atender as ações de vigilância”. Disse ainda que está à disposição para prestar suporte a gestores, mas que até o momento “não foi procurado por nenhum estado relatando problemas”. Os ajustes não prejudicaram a contagem de mortos.
Brasil, 22 de setembro
Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.