Em editorial, o jornal Folha de S. Paulo destaca que Jair Bolsonaro (Sem Partido), “numa tentativa covarde e canhestra de se eximir de responsabilidade pelo fracasso no enfrentamento da pandemia e na recuperação da atividade econômica, culpou governadores e prefeitos pela fome, pelo desemprego e até pelo descontrole da inflação”. Segundo o jornal, após o discurso de Bolsonaro, ficou “apenas mais um retrato do isolamento do presidente que não governa e não se importa em ser visto como pária”.
“Destacou a vacinação no país, como se o mundo ignorasse as medidas que tomou para sabotar os esforços dos governos locais e sua negligência na crise sanitária. Teve ainda a desfaçatez de oferecer lições a outros governantes”, continua a Folha.
Segundo o jornal, Bolsonaro “deu novamente as costas para o mundo ao se apresentar no púlpito da Organização das Nações Unidas para discursar na abertura da sua assembleia anual, nesta terça-feira (21)”.
“Ao ostentar o negacionismo, Bolsonaro acena para o eleitor que ainda vê nele o rebelde transgressor que prometia enfrentar as elites e consertar o país”.