18/09/2021 às 11h52min - Atualizada em 18/09/2021 às 11h52min

Ao menos 105 milhões de brasileiros não votam em Bolsonaro de jeito nenhum

Segundo Datafolha, em meio à alta geral nos preços, parcela da sociedade que mais sente efeitos da carestia indica que rejeitará o presidente em 2022.

A pouco mais de um ano para as eleições de 2022, Jair Bolsonaro (Sem Partido) tem cada vez menos prestígio entre as camadas mais pobres da sociedade e corre o risco de ficar sem os votos de uma parcela expressiva da população na corrida pela reeleição.

A popularidade que ele ganhou com o pagamento do auxílio emergencial acabou sendo pulverizada pela alta da inflação, que encareceu alimentos, gás de cozinha e combustíveis, e cada vez mais donas de casa, trabalhadores informais e desempregados dizem que não votarão no chefe do Executivo de forma alguma.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (17) sobre intenções de voto para as eleições presidenciais do ano que vem, seis em cada dez brasileiros (59%) não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro para presidente em 2022. Considerando seis segmentos da sociedade entrevistados pela pesquisa, o presidente pode perder ao menos 105 milhões de votos (veja os números no final da reportagem).

As donas de casa estão entre as que lideram essa rejeição contra o presidente: 69% responderam que escolherão qualquer outro candidato a presidente no ano que vem. Na comparação com o Datafolha anterior, de julho deste ano, essa estatística cresceu oito pontos percentuais.

Dentre os informais, 66% disseram que não votarão em Bolsonaro. O crescimento em relação a julho foi um pouco maior, de 10 pontos percentuais. Brasileiros que ganham até dois salários mínimos também rejeitarão o chefe do Executivo: 63% afirmaram que não votam em Bolsonaro de forma alguma - não houve alteração em relação à pesquisa anterior.

Outra parcela de brasileiros que descartará um voto em Bolsonaro são os desempregados. Entre os que não estão atrás de emprego, 54% vão optar por outro nome que concorrer à Presidência – um ponto percentual a mais do que em julho. Já dos que buscam um emprego, 69% disseram que não votarão no atual presidente – houve uma queda de cinco pontos percentuais em comparação ao Datafolha anterior.

Bolsonaro ainda tem forte rejeição entre os estudantes: 73% dos que responderam à pesquisa garantiram que votarão em outra pessoa – em julho, o número era seis pontos percentuais menor.

Composição dos grupos que não votarão em Bolsonaro de forma alguma

  • 14,444 milhões de desempregados que procuram emprego*

69% deles não votarão em Bolsonaro (9,966 milhões)

  • 5,6 milhões de desempregados que não procuram emprego*

54% deles não votarão em Bolsonaro (3,024 milhões)

  • 74,914 milhões que estão fora da força de trabalho (incluindo donas de casa e estudantes)*

Em média, 71% deles não votarão em Bolsonaro (53,188 milhões)

  • 35,6 milhões de trabalhadores informais*

66% deles não votarão em Bolsonaro (23,496 milhões)

  • 24,535 milhões de pessoas que vivem com ¼ do salário mínimo**

63% deles não votarão em Bolsonaro (15,457 milhões)

* Números referentes ao segundo trimestre de 2021

** Número referente ao primeiro trimestre de 2021

Fontes: Datafolha e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


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