08/09/2021 às 19h17min - Atualizada em 08/09/2021 às 19h17min

PSDB vê crime de responsabilidade de Bolsonaro e anuncia oposição ao governo

Executiva do partido se reuniu nesta quarta-feira (8) após ameaças golpistas feitas por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante ato do 7 de Setembro.

O presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Bruno Araújo, disse nesta quarta-feira (8) que a sigla reconheceu que Jair Bolsonaro (Sem Partido) cometeu crime de responsabilidade e anunciou oposição formal do partido ao governo.

O anúncio foi feito após uma reunião extraordinária da Executiva do partido que aconteceu nesta quarta-feira (8), após ameaças golpistas feitas por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante ato do 7 de Setembro.

“É unânime no PSDB o reconhecimento de que há um crime de responsabilidade, porque se passou de todos os limites constitucionais possíveis dessa relação de convivência. Agora, a construção e a complexidade desse processo se dão a partir de uma compreensão política das bancadas na Câmara e no Senado”, disse o presidente do partido.

Araújo disse ainda que, “do ponto de vista formal”, o PSDB fará uma “transição” de uma “posição de independência” para “formalizar a posição de oposição”.

“Primeiro, do ponto de vista formal, o PSDB vai fazer uma transição do início do governo, quando havia uma posição de independência, e os fatos trazem para o PSDB formalizar a posição de oposição e conclamar o conjunto das forças de centro a fazer um enfrentamento a essas práticas autoritárias”, afirmou.

O presidente do partido disse ainda que um eventual processo de impeachment de Bolsonaro envolve “diversos requisitos”: além do crime de responsabilidade, apoio popular e disposição do presidente da Câmara, Arthur Lira.

“É bom lembrar que um eventual processo de impeachment envolve diversos requisitos. Um deles é o crime de responsabilidade. Outro é apoio no Congresso, apoio popular. Ou seja: um conjunto de temperaturas e impressão que permitam isso. E esse debate se inicia e se transfere nesse momento para a força política legítima do partido, que são as bancadas na Câmara e no Senado”, disse.

“De forma unânime, ninguém faz qualquer contestação à compreensão do crime de responsabilidade. Quando há uma discussão, é se há um ambiente político hoje no Congresso Nacional ou de apoio suficiente na opinião pública ou disposição do próprio presidente da Câmara dos Deputados em abrir o processo”, afirmou Araújo.

Em nota, o PSDB afirmou que iniciou “o processo interno de discussão sobe a prática de crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da República e o caminho mais eficiente para evitar o agravamento dessa crise na vida das pessoas”.


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