25/08/2021 às 19h23min - Atualizada em 25/08/2021 às 19h23min

São Paulo começa a aplicar dose de reforço da vacina contra Covid no dia 6 de setembro em idosos com mais de 60 anos

Imunização será destinada à população dessa faixa de idade que tomou segunda dose há seis meses e usará vacina que estiver disponível nos postos. Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (25) que a dose de reforço contra a Covid-19 começará a ser aplicada a partir de 15 de setembro em idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos.

O governo de São Paulo disse nesta quarta-feira (25) que vai começar a aplicar a dose de reforço da vacina contra o coronavírus a partir do dia 6 de setembro nos idosos acima de 60 anos do estado.

Ainda de acordo com a gestão estadual, a imunização será destinada à população dessa faixa de idade que tomou a segunda dose há pelo menos seis meses. A vacinação de pessoas com mais de 60 anos será escalonada por faixas etárias, ou seja, pessoas mais velhas devem receber o reforço antes.

O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa no início da tarde desta quarta-feira. Cerca de 900 mil pessoas em todo o estado devem receber a dose adicional.

Segundo o governo estadual, a dose de reforço será feita com imunizantes da marca da vacina que estiver disponível nos postos. No entanto, o governo federal afirma que a dose de reforço deve ser feita preferencialmente com a Pfizer, mas que também poderão ser utilizadas as vacinas da AstraZeneca e Janssen.

Estudos mostram que doses de reforço com vacinas de RNA mensageiro –

como é o caso da Pfizer – têm melhor resposta na população de mais idade. Por conta disso, a recomendação do Ministério da Saúde é combinar a vacina da Pfizer com qualquer outra que a pessoa já tenha tomado.

Segundo os especialistas, há uma diferença entre terceira dose e dose de reforço. Eles chamam de terceira dose aquela necessária para completar o esquema vacinal, que visa atingir a proteção desejada. Já a dose de reforço é aquela que faz a manutenção do nível de anticorpos atingido pelas duas doses anteriores.

Fabricante da vacina de reforço

O governo de São Paulo afirma que a dose de reforço a ser aplicada a partir de 6 de setembro será aquela que “estiver disponível”. No entanto, estudos ainda não avaliaram todas as combinações possíveis entre diferentes marcas de imunizantes.

No Brasil, há pelo menos quatro estudos em andamento que avaliam a possibilidade de uma dose de reforço para as vacinas contra Covid-19 usadas em território nacional. Esses estudos avaliam as seguintes possibilidades:

  • Duas doses de Pfizer, seguidas de outra dose de Pfizer;
  • Duas doses de AstraZeneca (AZD1222), seguidas de uma outra dose de uma nova versão da AstraZeneca (AZD2816);
  • Duas doses de AstraZeneca (AZD1222), seguidas de uma outra dose da mesma versão da AstraZeneca (AZD1222);
  • Duas doses de CoronaVac, seguidas de um dos quatro imunizantes a seguir: Pfizer, AstraZeneca, Janssen e CoronaVac.

No entanto, não há estudos que avaliem a aplicação de um reforço com CoronaVac em pessoas imunizadas com Pfizer e AstraZeneca, por exemplo, o que poderia ser o caso de diversos idosos que devem receber a dose adicional em setembro.

CoronaVac

Na manhã desta quarta-feira, o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que o instituto está preparado para uma eventual necessidade de o país aplicar uma terceira dose da CoronaVac na população idosa.

Segundo o diretor, o instituto tem, além das doses que serão destinadas a finalizar o contrato de 54 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde, mais 26 milhões em processamento.

Um estudo conjunto realizado pelo Instituto do Coração (InCor) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) recomendou a terceira dose de vacina contra a Covid-19 para indivíduos com 55 anos de idade ou mais que foram imunizados com CoronaVac. A dose de reforço também é defendida pela Anvisa.


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