O presidente da Câmara Municipal de São Paulo – SP, vereador Milton Leite (DEM), é investigado nas esferas cível e criminal por suspeitas de rachadinha, nome popular da prática em que o parlamentar fica com parte dos salários de assessores.
De acordo com o inquérito do Ministério Público (MP), em 20 anos participaram do esquema de rachadinha 16 funcionários que já foram empregados tanto no gabinete de Leite no Legislativo municipal quanto no de seu filho, o deputado estadual Milton Leite Filho (DEM).
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, nove dos 16 funcionários citados no inquérito ainda estão empregados nos gabinetes na Câmara Municipal ou na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Desde fevereiro, depois do recebimento de uma representação anônima, a Promotoria do Patrimônio Público e Social investiga a participação de cinco funcionários que auxiliavam o vereador no suposto recolhimento de dinheiro.
A investigação não aponta valores ou percentual de desvio de salários na suposta prática de “rachadinha”. O MP ainda não chamou os servidores para prestar depoimento. O promotor deve pedir a quebra de sigilo bancário dos envolvidos.
Leite, principal liderança do DEM na capital, também é alvo de um inquérito policial que apura o crime de peculato.