O Sistema Cantareira entrou em estado de alerta na quarta-feira (11), quando chegou a 39,9% de sua capacidade de armazenamento. Considerado o maior reservatório de água da região metropolitana, o Cantareira abastece cerca de 7,3 milhões de pessoas por dia. Nesta sexta-feira (13), o manancial operava com 39,7%.
Volume igual ou maior do que 30% e abaixo de 40% se caracteriza estado de alerta para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Para ser considerado normal, o volume de um reservatório tem de estar com pelo menos 60% de sua capacidade.
Em nota, a Sabesp afirma que não há risco de desabastecimento neste momento na Região Metropolitana de São Paulo, mas reforça a necessidade do uso consciente da água.
Faixas do Cantareira:
Na prática, o estado de alerta reduz a quantidade de água que a Sabesp pode retirar do manancial. A determinação de volume máximo de água a ser retirada é da Agência Nacional de Águas (ANA) e deve ser cumprida sempre a partir do primeiro dia do mês seguinte.
Os baixos índices de chuva são responsáveis pelo atual volume de água no Sistema Cantareira. De janeiro até 15 de julho deste ano, o reservatório teve apenas 61% de chuvas em relação à média histórica, um déficit de 39%, de acordo com dados da Sabesp.
O baixo volume de armazenamento preocupa especialistas, que temem uma nova crise de abastecimento na região metropolitana de São Paulo. Para efeito de comparação, nesta sexta, o Cantareira opera com 39,7% de armazenamento. No mesmo dia 13 de agosto de 2013, ano anterior à crise hídrica, o Cantareira operava com 51,1% de seu armazenamento.