14/08/2021 às 12h18min - Atualizada em 14/08/2021 às 12h18min

Cantareira entra em estado de alerta; armazenamento é de 39,7% na sexta-feira (13), volume menor do que pré-crise hídrica

Volume igual ou maior do que 30% e abaixo de 40% caracteriza o estado de alerta para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Níveis baixos apontam para nova crise de abastecimento em 2022.

O Sistema Cantareira entrou em estado de alerta na quarta-feira (11), quando chegou a 39,9% de sua capacidade de armazenamento. Considerado o maior reservatório de água da região metropolitana, o Cantareira abastece cerca de 7,3 milhões de pessoas por dia. Nesta sexta-feira (13), o manancial operava com 39,7%.

Volume igual ou maior do que 30% e abaixo de 40% se caracteriza estado de alerta para a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Para ser considerado normal, o volume de um reservatório tem de estar com pelo menos 60% de sua capacidade.

Em nota, a Sabesp afirma que não há risco de desabastecimento neste momento na Região Metropolitana de São Paulo, mas reforça a necessidade do uso consciente da água.

Faixas do Cantareira:

  • Atenção – volume útil acumulado igual ou maior que 40% e menor que 60%
  • Alerta – volume útil acumulado igual ou maior que 30% e menor que 40%
  • Restrição – volume útil acumulado igual ou maior que 20% e menor que 30%
  • Especial – volume acumulado inferior a 20% do volume útil

Na prática, o estado de alerta reduz a quantidade de água que a Sabesp pode retirar do manancial. A determinação de volume máximo de água a ser retirada é da Agência Nacional de Águas (ANA) e deve ser cumprida sempre a partir do primeiro dia do mês seguinte.

Os baixos índices de chuva são responsáveis pelo atual volume de água no Sistema Cantareira. De janeiro até 15 de julho deste ano, o reservatório teve apenas 61% de chuvas em relação à média histórica, um déficit de 39%, de acordo com dados da Sabesp.

O baixo volume de armazenamento preocupa especialistas, que temem uma nova crise de abastecimento na região metropolitana de São Paulo. Para efeito de comparação, nesta sexta, o Cantareira opera com 39,7% de armazenamento. No mesmo dia 13 de agosto de 2013, ano anterior à crise hídrica, o Cantareira operava com 51,1% de seu armazenamento.


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