11/08/2021 às 16h18min - Atualizada em 11/08/2021 às 16h18min

CPI vai sugerir indiciamento de Bolsonaro pelo crime de charlatanismo na pandemia

Indiciamento foi discutido nesta quarta-feira (11) em reunião realizada entre o presidente da comissão, senador Omar Aziz, o vice-presidente, Randolfe Rodrigues, e o relator, Renan Calheiros.

A cúpula da CPI da Pandemia irá sugerir que Jair Bolsonaro (Sem Partido) seja indiciado pelos crimes de curandeirismo, charlatanismo, epidemia e publicidade enganosa, entre outros delitos que, somados, podem chegar a uma pena de mais de 18 anos de prisão.

De acordo com reportagem da coluna da jornalista Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, o indiciamento foi discutido nesta quarta-feira (11) em uma reunião realizada entre o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede), e o relator, Renan Calheiros (MDB).

A decisão teria sido tomada após o diretor da farmacêutica Vitamedic, Jailton Barbosa, revelar, durante seu depoimento ao colegiado, realizado nesta quarta-feira, que a empresa patrocinou a publicidade do medicamento ivermectina como eficaz no tratamento da Covid-19. A utilização da droga no combate ao coronavírus, porém, não possui respaldo científico. Bolsonaro foi um dos principais divulgadores do remédio como eficaz no tratamento da doença no país, inclusive em discursos, entrevistas e transmissões pela internet.

Os senadores que integram o colegiado também pediram o enquadramento das empresas fabricantes de ivermectina. No caso da Vitamedic, que chegou a pagar R$ 717 mil em publicidade da Associação Médicos pela Vida, que defende o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada no enfrentamento à Covid-19.


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