06/08/2021 às 19h31min - Atualizada em 06/08/2021 às 19h31min

Aras não pode “assistir passivamente” aos ataques de Bolsonaro, dizem subprocuradores da República em manifesto

“O regime democrático não tolera ameaças vindas de integrantes de Poderes, consistindo em crime de responsabilidade usar de ameaça para constranger juiz a proferir ou deixar de proferir despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício”, destaca um trecho do manifesto lançado por um grupo de 27 subprocuradores.

Subprocuradores-gerais da República divulgaram manifesto nesta sexta-feira (6), cobrando reação da PGR às ameaças feitas por Jair Bolsonaro (Sem Partido) ao regime democrático e a realização das eleições em 2022.

O documento assinado por pelo menos 27 subprocuradores citam que “o regime democrático não tolera ameaças vindas de integrantes de Poderes, consistindo em crime de responsabilidade usar de ameaça para constranger juiz a proferir ou deixar de proferir despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício”.

O subprocuradores também destacam ainda a missão do Ministério Público, e enfatizam que o procurador-geral da República, Augusto Aras não pode "assistir passivamente aos estarrecedores ataques" de Bolsonaro ao Judiciário e que a instituição deve fazer a "incondicional defesa do regime democrático".

Os procuradores lembram que “incumbe prioritariamente ao Ministério Público a incondicional defesa do regime democrático, com efetivo protagonismo, seja mediante apuração e acusação penal, seja por manifestações que lhe são reclamadas pelo Poder Judiciário”.

O manifesto foi divulgado após o encontro do procurador-geral da República Augusto Aras com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.

A cúpula da PGR tem cobrado de Augusto Aras a instauração de uma investigação sobre as acusações de Jair Bolsonaro ao sistema eletrônico de votação.


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