05/08/2021 às 10h15min - Atualizada em 05/08/2021 às 10h15min

Empresários e lideranças políticas e religiosas divulgam manifesto em defesa das eleições e da Justiça Eleitoral

“O Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados”, diz documento. Sem apresentar provas, Bolsonaro tem colocado em dúvida a lisura do processo eleitoral. Na quarta-feira, após ser incluído em inquérito do STF sobre divulgação de informações falsas, presidente ameaçou agir fora da Constituição.

Empresários, lideranças religiosas, entidades da sociedade civil e lideranças políticas divulgaram, nesta quarta-feira (4), um manifesto em apoio ao sistema eleitoral brasileiro.

O texto foi divulgado no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu Jair Bolsonaro (Sem Partido) em inquérito das fake news por ataques às urnas eletrônicas. Após a inclusão, Bolsonaro ameaçou agir fora da Constituição.

O comunicado, com o titulo de “Eleições serão respeitadas”, afirma que há confiança no sistema de votação eletrônica – colocado em dúvida pelo presidente, que não apresentou provas –, e que “a sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias”.

O texto termina dizendo que “o Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados”.

Mais de 260 nomes constam da lista de primeiros signatários do manifesto, que segue aberto para novas assinaturas. Entre eles, estão empresários como Luiza Trajano, do Magazine Luiza, Roberto Setúbal, do Itaú e Guilherme Leal, da Natura, Oskar Metsavaht, da Osklen, e Pedro Parente, da BRF e ex-presidente da Petrobras.

A lista inclui o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim – que também foi ministro da Justiça e da Defesa –, os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pedro Malan, o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, o ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro e o ex-chanceler Celso Lafer.

Economistas como Alexandre Schwartsman, Andre Lara Rezende, Armínio Fraga, Bernard Appy, Elena Landau, José Roberto Mendonça de Barros, Luiz Carlos Bresser Pereira e Pérsio Arida e Samuel Pessoa também subscrevem o documento.

A lista de assinaturas inclui ainda as do cardeal Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, do rabino da Congregação Israelita Paulista Michel Schlesinger, e da Monja Cohen.

Assinam também Candido Mendes de Almeida, integrante da Academia Brasileira de Letras, o documentarista João Moreira Salles, o empresário e coordenador da Rede Nossa São Paulo Oded Grajew, os médicos Dráuzio Varella e Margareth Dalcolmo e o jurista Joaquim Falcão.

Veja íntegra do manifesto

“O Brasil enfrenta uma crise sanitária, social e econômica de grandes proporções. Milhares de brasileiros perderam suas vidas para a pandemia e milhões perderam seus empregos.

Apesar do momento difícil, acreditamos no Brasil. Nossos mais de 200 milhões de habitantes têm sonhos, aspirações e capacidades para transformar nossa sociedade e construir um futuro mais próspero e justo.

Esse futuro só será possível com base na estabilidade democrática. O princípio chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação de seus resultados por todos os envolvidos. A Justiça Eleitoral brasileira é uma das mais modernas e respeitadas do mundo. Confiamos nela e no atual sistema de votação eletrônico. A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias.

O Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados”.


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