Cerca de 2,2 milhões de mulheres chefes de família foram excluídas do cadastro do auxílio emergencial ou deixaram de receber a maior parcela do benefício, de R$ 375, em 2021, aponta levantamento feito pelo Portal Metrópoles. De acordo com a reportagem, o governo federal pagou ao longo do ano passado a primeira parcela, no valor de R$ 1,2 mil, a 10,833 milhões de mulheres nesta situação.
Neste ano, porém, o número caiu para 8,576 milhões, uma redução de 21% no total de brasileiras beneficiadas pelo auxílio. Os cortes teriam se intensificado nos últimos meses.
Segundo o Ministério da Cidadania, entre a primeira e a terceira parcelas do auxílio emergencial 2021, 4,4% dos benefícios para mães monoparentais foram cancelados ou bloqueados nos processos de revisão realizados mensalmente.
A Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB) enviou um ofício cobrando medidas do ministério em relação. A RBRB destaca que ao menos 1,1 mil mulheres tiveram o acesso ao benefício negado, em 10 casos diferentes.
“São mães que já estavam aprovadas e foram surpreendidas com a decisão de cancelamento do benefício”, afirmou a diretora de Relações Institucionais e Internacionais da RBRB, Paola Carvalho.