Em Porto Alegre - RS, no sábado (10) Jair Bolsonaro (Sem Partido) disse que não pode tomar providências contra os casos de corrupção denunciados pelo deputado federal Luis Miranda (DEM), no Ministério da Saúde, dentro do contrato da vacina Covaxin.
A declaração dada à Rádio Gaúcha é, praticamente, uma confissão de culpa. Caracteriza, para os senadores de oposição na CPI, um ato de prevaricação do gestor em relação a denúncia feita por um parlamentar.
Miranda e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, prestaram depoimento na CPI na semana passada. Eles disseram que houve pressão na pasta para liberar a importação da Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, e que tiveram um encontro com Bolsonaro relatando o caso.
Bolsonaro disse à rádio que considerou a denúncia “uma história fantasiosa”. E acrescentou: “Ele pediu uma audiência pra conversar comigo sobre várias ações. Eu tenho reunião com mais de 100 pessoas por mês, dos mais variados assuntos. Eu não posso simplesmente, ao chegar qualquer coisa pra mim, tomar providência”, afirmou Bolsonaro ao comentar a reunião relatada por Luis Miranda.