09/07/2021 às 12h42min - Atualizada em 09/07/2021 às 12h42min

Além de Ricardo Barros, Bolsonaro teria citado Ciro Nogueira e Arthur Lira na conversa com Luis Miranda

Nos meios políticos de Brasília dá-se como certo que a conversa foi gravada. Se confirmado, envolvimento de outros líderes do Centrão pode agravar a crise política.

Uma informação bombástica chegou à CPI da Pandemia: na conversa em que Luís Miranda ouviu de Bolsonaro o nome de Ricardo Barros no esquema de vacinas, em 20 de março, também teriam sido mencionados outros dois chefes do Centrão: Arthur Lira e Ciro Nogueira, ambos do PP. Segundo o site O Antagonista, nos meios políticos de Brasília dá-se como certo que a conversa foi gravada.

O áudio não foi divulgado, mas em entrevista à coluna de Mônica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo, o deputado Luís Miranda (DEM) sugeriu que o seu irmão Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, teria gravado a conversa com Jair Bolsonaro (Sem Partido) em 20 de março na qual o tema foi o escândalo de corrupção da Covaxin.

“Estava com meu irmão [Luis Ricardo Fernandes Miranda, do Ministério da Saúde]. E não posso impedir que a pessoa ameaçada grave [uma conversa para se defender]”, acrescentou. “Se fosse eu, gravaria”, disse o congressista ao ser questionado se o irmão gravou Bolsonaro.

Sobre a conversa com Jair Bolsonaro, o deputado Luís Miranda diz que ele “não é doido” de confrontar a sua versão da conversa de 50 minutos que tiveram. Afirma que se Bolsonaro fizer isso, “vai tomar um susto”.

“Não pode me chamar de mentiroso, pode falar qualquer coisa, menos que sou mentiroso”, enfatiza, reafirmando que Bolsonaro citou o nome do líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros, ao tomar conhecimento das denúncias que encaminhou a ele sobre a intermediação da Precisa Medicamentos para a compra da vacina indiana Covaxin.

Em entrevista aos jornalistas Mateus Vargas e Leandro Colon, na Folha de S. Paulo, Miranda afirmou que o esquema de corrupção no governo Bolsonaro em torno do escândalo da compra de vacinas pelo Ministério da Saúde pode ser “muito maior” do que o caso da vacina Covaxin.

Miranda declara na entrevista que “os militares tinham uma presença meio não republicana” no Ministério da Saúde.


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