19/11/2019 às 10h14min - Atualizada em 19/11/2019 às 10h14min

Com viés fascista, novo partido de Bolsonaro é instrumento do clã e clube de amigos

Jair Bolsonaro e seus seguidores vão incluir assessores e parentes de deputados entre os fundadores da nova sigla de apoio ao atual ocupante do Palácio do Planalto. Um mutirão foi convocado para que parlamentares levem pessoas de sua confiança para a convenção a fim de garantir fidelidade máxima ao chefe.

O núcleo fundador do partido Aliança pelo Brasil será composto, além do clã Bolsonaro, por assessores, aliados e parentes de deputados federais fiéis ao atual titular do Poder Executivo.

A convenção inaugural ocorrerá nesta quinta-feira (21) em Brasília - DF. O novo partido, organizado em torno do presidente Jair Bolsonaro, está recorrendo a uma espécie de mutirão com os cerca de 25 parlamentares do PSL que pretendem migrar para a legenda, informam os jornalistas Fábio Zanini e Talita Fernandes do jornal Folha de S.Paulo.

A convenção que iniciará a coleta de assinaturas é o primeiro passo de um longo processo de fundação de uma legenda.

O requerimento para a fundação da nova sigla, segundo a lei 9.096/95, que rege os partidos políticos, tem de ser assinado por no mínimo 101 pessoas, de ao menos nove estados. Posteriormente são necessárias 491.967 assinaturas.

Bolsonaro pretende criar o partido até o início de abril de 2020, para que possa disputar a eleição municipal. A coordenação do processo está a cargo do senador Flávio Bolsonaro, de seu irmão e deputado federal Eduardo e dos advogados Admar Gonzaga e Karina Kufa.

A convenção também decidirá quem presidirá os diretórios regionais do partido. O do Rio de Janeiro deve ficar a cargo de Flávio, e o de São Paulo seria chefiado por Eduardo.

Já o comando nacional, caso não fique com o próprio presidente, deve ser confiado a uma pessoa de sua total confiança. Um nome forte é o do deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL).

Na segunda-feira (18), o presidente confirmou, na chegada ao Palácio da Alvorada, que poderá presidir a nova legenda. Questionado sobre a possibilidade, respondeu: “Eu acho que sim”.


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