22/06/2021 às 19h53min - Atualizada em 22/06/2021 às 19h53min

ABIN alertou Bolsonaro sobre inconsistências na fortuna de Hang, diz site

Investigação diz que empresário bolsonarista aparece como um personagem que, a partir de 1997, passou a ter negócios com lisura questionável.

Portal UOL

A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) teria produzido um relatório sobre a fortuna do empresário Luciano Hang, para alertar o Palácio do Planalto sobre eventuais “riscos” que a proximidade com o catarinense poderia representar ao governo federal. As informações são do repórter Lucas Valença, do Portal UOL.

De acordo com a reportagem, o documento da agência, de 15 páginas, reúne informações sobre supostas “inconsistências” no enriquecimento de Hang. O relatório traz pontos da trajetória empresarial do catarinense desde a compra de uma tecelagem em Brusque, aos 21 anos. O empresário hoje integra a lista de bilionários brasileiros da revista Forbes, com uma fortuna de US$ 2,7 bilhões.

A reportagem diz que a agência federal coloca interrogações sobre o crescimento da fortuna de Luciano Hang ao longo das últimas décadas. “Sempre expandindo os negócios, sem sócios, sem investidores, sem endividamento e muitas vezes parecendo possuir uma fonte oculta de recursos, que não se explicaria apenas por sonegação fiscal e contrabando de artigos importados para lojas”, diz trecho do relatório destacado na matéria.

A ABIN cita diferentes negócios do empresário, entre eles uma empresa de fomento mercantil que fornecia empréstimos milionários no início dos anos 2000, e as investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal (MPF) a respeito das atividades financeiras da Havan, em 1999. A Justiça Federal considerou “inepta” a denúncia do MPF, em 2008, e anulou a ação.

O texto fala também da investigação aberta pelo STF para apurar ataques à Suprema Corte, que levantaram a suspeita de que Hang seria um dos “financiadores” desses atos – o que o empresário sempre negou. O catarinense foi alvo de operação da Polícia Federal e teve as redes sociais bloqueadas pela Justiça.

O relatório teria sido produzido após a publicação, pelo jornal Valor Econômico, de que empresários sugeriram ao Ministério da Saúde a mudança na divulgação de dados sobre mortes na pandemia – Hang entre eles.


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