22/06/2021 às 00h45min - Atualizada em 22/06/2021 às 00h45min

“Tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas”, diz cúpula da CPI sobre Bolsonaro

O grupo também destacou que os responsáveis pelo agravamento da pandemia no Brasil “pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches”. “Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam e nem prescreveram”, escreveram.

A cúpula da CPI da Pandemia prestou solidariedade à jornalista Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo no Vale do Paraíba, que foi agredida verbalmente por Jair Bolsonaro (Sem Partido) nesta segunda-feira (21).

Em nota conjunta, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD), o vice, Randolfe Rodrigues (Rede), o relator, Renan Calheiros (MDB), e integrantes da oposição afirmaram que “tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas e de pessoas avessas a democracia brasileira”.

“As Senadoras e Senadores desta Comissão manifestam solidariedade à jornalista Laurene Santos, que hoje, enquanto trabalhava, foi submetida a uma reação, no mínimo, desproporcional do presidente da República a uma pergunta legitimamente feita pela repórter. A agressão do senhor presidente da República não foi apenas à jornalista Laurene, mas a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia que atingiu mais de 500 mil famílias desde o início da Pandemia, no ano passado”, diz trecho da nota.

Além de Aziz, Renan e Randolfe, também assinam o documento os senadores Eduardo Braga (MDB), Humberto Costa (PT), Tasso Jereissati (PSDB), Otto Alencar (PSD), Alessandro Vieira (Cidadania), Eliziane Gama (Cidadania) e Rogério Carvalho (PT).

O grupo também destacou que os responsáveis pelo agravamento da pandemia no Brasil “pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches”. “Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam e nem prescreveram”, escreveram.

Em outra nota, feita individualmente, o presidente da CPI, Omar Aziz, desejou “os melhores sentimentos” para a jornalista Laurene Santos e disse que “o jornalismo sério é fundamental em qualquer democracia e os que fazem disso sua lida devem ser respeitados”. Para Aziz, Bolsonaro deu “um show de misoginia”.

“Espero que os ‘defensores’ da médica Nise Yamaguchi se solidarizem com a jornalista e que os advogados dela processem o senhor Jair Bolsonaro pelo show de misoginia desta tarde. Laurene não esmoreça. Seu trabalho é importante para o Brasil melhor que todos sonhamos”. afirmou o presidente do colegiado.

Leia a nota na íntegra:

“Nota Pública da Maioria dos Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da PANDEMIA.

As Senadoras e Senadores desta Comissão manifestam solidariedade à jornalista Laurene Santos, que hoje, enquanto trabalhava, foi submetida a uma reação, no mínimo, desproporcional do presidente da República a uma pergunta legitimamente feita pela repórter. A agressão do senhor presidente da República não foi apenas à jornalista Laurene, mas a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia que atingiu mais de 500 mil famílias desde o início da Pandemia, no ano passado.

Tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas e de pessoas avessas a democracia brasileira.

Asseguramos que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam e nem prescreveram.

Omar Aziz

Presidente CPI

Randolfe Rodrigues

Vice Presidente

Renan Calheiros

Relator

Tasso Jereissati

Otto Alencar

Eduardo Braga

Humberto Costa

Alessandro Vieira

Rogério Carvalho

Eliziane Gama”


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