10/06/2021 às 10h57min - Atualizada em 10/06/2021 às 10h57min

Carrefour anuncia tratativas para acordo de R$ 120 milhões para evitar ações no caso João Alberto no Rio Grande do Sul

Em 19 de novembro de 2020, João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado até a morte por seguranças de uma unidade do supermercado em Porto Alegre - RS. Seis pessoas respondem pelo crime.

O Carrefour afirmou que está avançando nas tratativas junto às autoridades públicas e associações civis para a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no valor de R$ 120 milhões, para evitar ações no caso do homem negro morto em uma unidade da rede, em Porto Alegre - RS.

Segundo a nota divulgada pelo Carrefour nesta quarta-feira (9), os R$ 120 milhões devem ser “desembolsados ao longo dos próximos anos”.

Em novembro de 2020, João Alberto Silveira Freitas foi espancado até a morte por seguranças de uma unidade do Carrefour na capital gaúcha.

Em maio de 2021, o Carrefour anunciou a criação de uma cláusula antirracismo em contratos com fornecedores e prestadores de serviço. No mesmo mês, a empresa divulgou que encerrou a terceirização da segurança de seus estabelecimentos.

No final de maio, a viúva de João Alberto aceitou a proposta de indenização feita pelo Carrefour. Segundo o advogado de Milena Borges Alves, o valor pago pelo hipermercado é superior a R$ 1 milhão. Milena estava com o marido no supermercado.

A empresa pagou outras oito indenizações aos demais familiares, entre eles o pai, filhos e a enteada de João Alberto.

Denunciadas pelo Ministério Público, seis pessoas respondem pelo crime na Justiça. São elas: Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges, seguranças que estão presos; Adriana Alves Dutra, fiscal do Carrefour; Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende, funcionários do mercado; e Paulo Francisco da Silva, funcionário da empresa terceirizada de segurança que prestava serviços ao estabelecimento.

Giovane, que é ex-policial militar temporário, solicitou um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) no final de maio. Em abril, a corte já havia negado pedido semelhante feito pela defesa do réu.

Relembre o caso

No dia 19 de novembro de 2020, João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi espancado até a morte por seguranças no Carrefour do bairro Passo D'Areia, na Zona Norte de Porto Alegre.

Ele foi conduzido até a saída do supermercado por duas pessoas após se desentender com uma funcionária. Na porta do local, Beto deu um soco em um dos seguranças, que responderam com mais agressões. Os seguranças então imobilizaram o homem no chão e continuaram com o espancamento.


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