06/06/2021 às 19h21min - Atualizada em 06/06/2021 às 19h21min

Ingerência de Bolsonaro na CBF viola Estatuto da FIFA e pode tirar o Brasil da Copa do Mundo

Estatuto da FIFA, em seu artigo 14° e 19°, dispõe sobre a independência e autonomia de suas federações em atuar e tomar decisões sem nenhuma interferência de terceiros em seus assuntos internos.

A disposição de Jair Bolsonaro (Sem Partido) para empurrar goela abaixo a realização da Copa América no Brasil chegou ao ponto do Planalto atuar como na ditadura e interferir junto à direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que atenda os seus propósitos.

No entanto, a ingerência viola o Estatuto da FIFA, que diz em seus artigos 14° e 19°. “No trato com instituições governamentais, organizações nacionais e internacionais, associações e agrupamentos, pessoas vinculadas por este Código devem, além de observar as regras básicas do artigo, permanecer politicamente neutro, de acordo com os princípios e objetivos da FIFA”.

“Pessoas vinculadas por este Código não devem desempenhar suas funções (em particular, preparar ou participar na tomada de uma decisão) em situações em que um conflito de interesses existente ou potencial pode afetar tal desempenho”, diz o artigo 19°.

Esse tipo de intervenção não é permitido pela FIFA e já causou punições para outras federações. Especialistas ouvidos pelo jornalista Gabriel Coccetrone, no Portal UOL, acreditam no entanto ser difícil haver punição. “Acho muito difícil, tanto pelo fato de que estamos falando de uma seleção pentacampeã do mundo, quanto pela dificuldade em se provar que haveria interferência política sobre a CBF”, diz o advogado especializado em direito desportivo Martinho Neves.


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