27/05/2021 às 17h15min - Atualizada em 27/05/2021 às 17h15min

Roubos e furtos de carros: confira cidades, bairros e ruas com mais ocorrências em São Paulo

Levantamento realizado pela FECAP e Tracker desde janeiro de 2019 aponta diminuição das ocorrências por conta da pandemia.

O Boletim Econômico Tracker-FECAP listou os locais onde há mais ocorrências de furtos e roubos de carros no Estado de São Paulo. Os dados foram analisados a partir dos boletins de ocorrência registrados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

LOCAIS COM MAIS OCORRÊNCIAS

Cidades com mais roubos

As cinco cidades com mais ocorrências em 2020 e no primeiro trimestre de 2021 foram São Paulo, Campinas, São Bernardo, Santo André e Guarulhos.

“O número de registros está diretamente relacionado ao tamanho populacional e da frota de veículos nestes municípios. Seguindo essa lógica, é possível dizer que a cidade de São José dos Campos se destaca positivamente, pois representa a 5ª maior população de São Paulo e aparece apenas em 13ª no ranking de ocorrências de roubo de carros. Já Diadema apresenta um dos resultados mais alarmantes. O município da Grande São Paulo é apenas o 14º mais populoso do estado e o 6º que mais registrou ocorrências nos períodos analisados”, destaca o boletim.

Cidades com mais furtos

Segundo o Boletim Tracker-Fecap, além da capital, que lidera o ranking, as cidades com maior índice de furto são Santo André - SP, Campinas - SP, Guarulhos - SP, Osasco - SP e São Bernardo do Campo - SP. São José dos Campos - SP também apresenta um balanço positivo em uma análise apenas sob as óticas populacional e tamanho de frota: 5° maior frota e 9ª posição em furtos.

BAIRROS E RUAS COM MAIS OCORRÊNCIAS

Na cidade de São Paulo - SP, os bairros com maior número de boletins foram Sacomã, Ipiranga, Jabaquara, São Mateus e Iguatemi.

Quando se trata de roubos, os endereços mais perigosos destes bairros são Avenida Almirante Delamare (Sacomã), Rua das Juntas Provisórias e regiões próximas (Ipiranga), Avenida Engenheiro Arruda Pereira (Jabaquara), Avenida Aricanduva (São Mateus) e Avenida Ragueb Chohfi (Iguatemi).

Na capital, os cinco bairros com mais furtos foram São Mateus, São Lucas, Ipiranga, Itaquera e Vila Prudente. Os endereços mais perigosos são Rua Ângelo de Cândia (São Mateus), Rua Costa Barros (São Lucas), Rua Agostinho Gomes (Ipiranga), Rua Antônio Gandini (Itaquera) e Rua Engenheiro Thomaz Magalhães (Vila Prudente).

MODELOS MAIS VISADOS PELOS CRIMINOSOS

Roubos

Os modelos e marcas mais visados pelos bandidos são o Onix e o HB20 na categoria automóveis; a Fiorino e o HR na categoria caminhonetes; o Renagade, Compass e Duster na categoria camionetas; e os utilitários Tiguan, Q3 e Hilux.

Furtos

Entre os modelos de automóveis mais furtados estão o Corsa, o Mobi e o HB20. Já entre as caminhonetes, aparecem a Saveiro, Fiorino e Montana. Na categoria camionetas, as mais visadas são a Kombi, Tucson e Ecosport. Hilux e Tiguan lideram a lista dos utilitários mais visados pelos criminosos.

O ESTUDO

Segundo dados do Boletim Econômico Tracker-FECAP, ao todo, foram registradas 58 mil ocorrências de roubo no Estado, de janeiro de 2019 a março de 2021, sendo 33 mil em 2019, 20 mil no ano passado e 5 mil no primeiro trimestre de 2021. No mesmo período, ocorreram aproximadamente 129 mil furtos: 67,8 mil em 2019, 47,6 mil no ano passado e 13 mil somente nos três primeiros meses de 2021.

A pandemia de Covid-19 é a grande responsável pela redução de ocorrências de roubos e furtos de automóveis, caminhonetes, camionetas e utilitários (inclusive os SUVs) no Estado de São Paulo. Uma análise minuciosa da evolução das ocorrências, de janeiro de 2019 a março de 2021, revelou que a pandemia provocou a queda da criminalidade: os roubos caíram 39,4% e os furtos 29,8% em 2020, na comparação com o ano anterior. No entanto, nos últimos 15 meses, os furtos cresceram de proporção, em relação aos roubos.

O coordenador do estudo e professor do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Erivaldo Costa Vieira, considera três os motivos principais para a queda na criminalidade: “A diminuição de carros nas ruas reduziu a oferta/oportunidade para a indústria do crime. A menor circulação reduziu também o número de acidentes, fazendo cair a demanda por peças e acessórios, principal motivador econômico para o roubo de automóveis no Estado e que abastece os desmanches. Soma-se a isso a queda da renda da população e a consequente queda no número de novos veículos nas vias”, analisa.

Ainda segundo o economista, “os furtos registraram uma frequência cerca de 2,2 vezes maior que os casos de roubos. Os delitos cresceram quando as pessoas passaram a se expor mais. O aumento do movimento de ir e vir do trabalho, das compras, do lazer, é acompanhado pelo aumento dos furtos de carros”.

O coordenador de Operações do Grupo Tracker alerta para o risco de os números crescerem nos próximos meses. “Apesar dos índices, de forma geral, serem menores do que no período anterior à crise sanitária, o Comando de Operações Tracker alerta que eles continuam altos. Os furtos em São Paulo mostram uma guinada de crescimento, mesmo em meio à pandemia e, apesar de todos os esforços das autoridades, não será surpresa se, passado o período pandêmico, os roubos e furtos de veículos apresentarem um grande aumento no número de ocorrências”, afirma Vitor Correa.

O BOLETIM TRACKER-FECAP COMPLETO PODE SER CONFERIDO NESTE LINK: https://www.fecap.br/pesquisa-iff-depec/


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