18/05/2021 às 22h20min - Atualizada em 18/05/2021 às 22h20min

Na gestão de Pazuello, Ministério da Saúde fechou contratos sem licitação

Militares escolheram, sem licitação, empresas para reformar prédios antigos e usaram a pandemia como justificativa para considerar as obras urgentes.

Na véspera do depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Pandemia, o Jornal Nacional da Rede Globo revelou nesta terça-feira (18) indícios de fraudes em contratos do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro durante a gestão do general.

Em longa reportagem, o telejornal apontou que militares escolheram empresas sem licitação para reformar prédios antigos e usaram a pandemia como justificativa para considerar as obras urgentes.

Em novembro de 2020, com um intervalo de apenas dois dias, o coronel da reserva George Divério, nomeado por Pazuello para a Superintendência estadual do ministério no Rio de Janeiro, autorizou duas contratações sem licitação que somam quase R$ 30 milhões. Só para a reforma dos galpões na Zona Norte do Rio, quase R$ 9 milhões.

“Procurando os contratos secretos, o Jornal Nacional encontrou indícios de fraudes numa obra ainda maior e bem mais cara. Também no mês de novembro, o coronel George Divério autorizou uma reforma completa na sede do Ministério da Saúde no Rio, por quase R$ 20 milhões, novamente sem licitação”, apontou a reportagem do Jornal Nacional.

Segundo o Jornal Nacional, a empresa escolhida, sem licitação, para a obra de R$ 20 milhões fica numa esquina, em Magé, na Baixada Fluminense, numa área dominada pela milícia. “À primeira vista, parece uma empresa pequena para uma obra tão grande. Uma empresa bem pequena. Dois portões e uma casinha de um cômodo do lado de dentro”, diz o jornal.


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