13/05/2021 às 09h39min - Atualizada em 13/05/2021 às 09h39min

Acossado pela CPI, clã Bolsonaro parte para guerra total contra Renan Calheiros

Agressão de Flávio Bolsonaro foi jogo combinado com o pai, que também atacou o senador nas redes sociais e vai a Alagoas “inaugurar” obra já inaugurada pelo governador Renan Filho e feita com recursos do estado e do governo Dilma Roesseff.

A agressão do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) a Renan Calheiros (MDB) na CPI da Pandemia na tarde desta quarta-feira (12) foi uma jogada combinada com seu pai, Jair Bolsonaro (Sem Partido), que poucas horas depois postou um tuíte reforçando a agressão. O ataque do clã a Renan prossegue nesta quinta-feira (13), com uma visita de Bolsonaro a Alagoas, que tem aspecto de ocupação do Estado.

Na viagem a Alagoas, Bolsonaro irá “inaugurar” obra já inaugurada pelo governador Renan Filho e feita com recursos do estado e do governo Dilma Rousseff.

Renan chegou a pedir a prisão do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten, que mentiu várias vezes em seu depoimento, prestado nessa quarta-feira. “Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros”, afirmou Flávio, que já foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Entre as mentiras ditas pelo ex-chefe da Secom foi a de que a campanha do jornalista Otávio Mesquita era favorável ao isolamento social. A peça não recomendou o isolamento social e deu o seguinte conselho: “Não precisa sair correndo para o hospital por causa de um simples resfriado”. E também diz que “é preciso ter calma”.

O ex-secretário também afirmou não ter conhecimento sobre a campanha “O Brasil não pode parar”, lançada em março de 2020, porque estava afastado com Covid-19, mas, em live com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na época da campanha citada, Wajngarten disse que, mesmo com a doença, estava trabalhando normalmente, inclusive aprovando campanhas.

O relator Renan Calheiros também ficou revoltado com o ex-secretário, que não quis responder sobre o impacto do negacionismo de Bolsonaro sobre a população. “O senhor junta alhos com bugalhos e a gente que pegar a linha lógica e não consegue”, disse Calheiros.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), também demonstrou irritação com o ex-chefe da Secom. “Não subestime minha inteligência”, afirmou.


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