10/05/2021 às 19h31min - Atualizada em 10/05/2021 às 19h31min

Falta de matéria-prima na indústria eletrônica gera escassez e aumento de preços de produtos, que vão de laptops a respiradores; de placas para lâmpadas domésticas e peças de automóveis

Componentes eletrônicos essenciais estão em falta e sofreram aumento de preços que vão de 20% a 300%.

Está ocorrendo há seis meses, no mercado de eletrônicos, uma escassez de componentes que impede a produção de itens que vão de lâmpadas (sim, elas levam placas eletrônicas dentro delas) a respiradores (tão necessários na pandemia); de computadores a peças para automóveis. E os preços dos eletroeletrônicos já apresentam alta para o consumidor final.

Componentes que a indústria brasileira Standard America, de placas eletrônicas, comprava a 1 dólar chegam a custar 3,00 e a produção sente o desabastecimento. Desde o final de 2020, a direção acusa receber comunicados de indústrias de componentes, de todo o mundo, informando sobre novos prazos de entrega e reajustes de preços em todos os tipos de componentes. “Nós repassamos esses comunicados, na íntegra, aos nossos clientes, para que entendam melhor a situação”, comenta Hidalgo Dal Colletto, CEO da Standard America. O prazo de entrega dos produtos da Standard America subiu de 60 para 90 e até 120 dias, conforme novos acordos com alguns clientes. “Nossa sorte é que fizemos pedidos antecipadamente, prevendo o problema, e conseguimos atender a projetos específicos”, comenta.

Dal Colletto explica que componentes fundamentais para todos os tipos de placas eletrônicas, como capacitores e resistores, por exemplo, que não são os mais caros, mas que são usados aos milhões, estão faltando - e isso impacta na produção pelo volume utilizado. "Sem esses componentes, não é possível deslanchar a produção. Mas não apenas eles, que foram os primeiros, e sim de forma ampla e generalizada, os semicondutores estão sofrendo aumentos que vão de meros 20% até 300%, em itens específicos", lamenta. Além disso, segundo o CEO, prazos de entrega de componentes, que antes eram de quatro semanas, passaram para 26 e até 30 semanas, em alguns casos. Fábricas estão trabalhando com 100% de sua capacidade e não dão conta de entregar toda a demanda, exemplo de uma gigante sul-coreana bastante conhecida.


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