12/11/2019 às 13h40min - Atualizada em 12/11/2019 às 13h40min

Pai é preso por atirar em filhos com armas de airsoft em Ribeirão Preto - SP

Crianças eram punidas com tiros de arma de airsoft ao recusarem fazer serviços domésticos, diz polícia.

Em depoimento na Central de Flagrantes da Polícia Civil, em Ribeirão Preto - SP, o homem preso por suspeita de atirar contra os filhos usando armas de airsoft disse que agiu porque as crianças se recusaram a realizar afazeres domésticos.

O montador, de 34 anos, responderá por tortura e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia na Justiça nesta terça-feira (12). A mãe das crianças, uma técnica de enfermagem de 31 anos, também é investigada.

O Conselho Tutelar informou que as vítimas, de 9 e 15 anos, ficarão sob a guarda dos avós maternos. Segundo relato das conselheiras à Polícia Civil, as crianças passam por “intenso sofrimento mental, bastante temerosas pelas atitudes violentas do pai”.

A conselheira tutelar Carmen Theodoro Gaspar de Lima contou que o crime foi descoberto na segunda-feira (11) pela professora da adolescente, que notou os ferimentos provocados pela munição em diversas partes do corpo dela. A Polícia Militar (PM) foi acionada.

Consta no Boletim de Ocorrência (BO) que a garota e o irmão caçula confirmaram que são punidos dessa forma sempre que deixam de realizar afazeres domésticos. A família mora em um condomínio de apartamentos no Jardim Presidente Dutra.

“Inquirido, o indiciado informou que chegou em casa (sic) dias atrás e passou a brincar com as armas de airsoft, e como as vítimas não quiseram realizar afazeres domésticos, ele atirou contra elas, e como estava no modo rajada, saíram várias bolinhas (...)”, diz o registro.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, embora o montador tenha afirmado que isso ocorreu uma vez, “as vítimas apresentam lesões mais antigas, que demonstram o contrário”. Na delegacia, a mãe das crianças confirmou que o marido é agressivo.

A técnica de enfermagem disse que nunca denunciou o suspeito porque tem medo dele e também de perder a guarda do filho caçula, que é adotado. Ela foi liberada após o depoimento, mas será investigada.

O caso deve ser encaminhado para investigação na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).


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