08/04/2021 às 17h11min - Atualizada em 08/04/2021 às 17h11min

Alexandre de Moraes vota contra cultos presenciais: “até na Idade Média religiosos fechavam igrejas em pandemias”

Placar está em 2 a 1 contra a liberação de cultos presenciais durante a pandemia. Ministro Alexandre de Moraes lembrou fatos históricos de quando o direito à liberdade religiosa não sobrepôs ao direito à vida.

O ministro Alexandre de Moraes votou contra a abertura de igrejas e templos durante julgamento nesta quinta-feira (8) no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O placar está em 2 a 1 contra cultos presenciais.

Após o ministro Nunes Marques divergir do relator, Gilmar Mendes, e votar pela liberação de cultos e missas durante a pandemia, Alexandre de Moraes disse que o direito à liberdade religiosa não pode se sobrepor ao direito à vida.

“Porque senão deveríamos discutir também que a restrição ao funcionamento de escolas para salvar vida das crianças é uma discriminação ao direito constitucional à educação, que a restrição a comícios é uma restrição à democracia, que a restrição aos jogos é uma restrição ao direito aos esportes. Tudo é uma restrição, mas não são discriminações. O que está em jogo é a defesa da vida, da saúde”, afirmou.

Ministro Alexandre disse também que líderes religiosos da Idade Média demonstraram mais preocupação com a saúde dos fiéis do que atualmente, em pleno século XXI.

“Mesmo na Idade Média os grandes líderes religiosos defenderam, no momento das pandemias, o fechamento de igrejas. A necessidade de isolamento. Defenderam a transformação de igrejas e templos em hospitais”, afirmou Alexandre.

“No século XIV, na peste bubônica, que matou entre 30 e 60% da população europeia, os padres fecharam suas igrejas para que não houvesse aglomerações”, afirmou.


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