16/03/2021 às 10h10min - Atualizada em 16/03/2021 às 10h10min

Sakamoto: ex-mulher de Bolsonaro desponta como novo Queiroz em “esquema familiar de rachadinha”

Jornalista Eduardo Sakamoto observa que Ana Cristina Siqueira Valle, ex-esposa de Jair Bolsonaro, “está presente em indícios de esquemas nas três esferas: Congresso Nacional, Assembleia Legislativa do Rio e Câmara dos Vereadores do Rio”.

O jornalista Leonardo Sakamoto afirma que “segunda esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, é peça-chave para entender como funcionava o esquema familiar de “rachadinhas” no gabinete do então deputado estadual e, hoje, senador, Flávio Bolsonaro, mas também no do vereador Carlos Bolsonaro e no do próprio presidente da República, quando era deputado federal”.

“Ela está presente em indícios de esquemas nas três esferas: Congresso Nacional, Assembleia Legislativa do Rio e Câmara dos Vereadores do Rio”, escreve Sakamoto em sua coluna no Portal UOL.

Para ele, “muito se fala sobre o papel do ex-policial e ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz em organizar o recebimento do dinheiro desviado na Assembleia Legislativa do Rio” mas “o comportamento de Ana Cristina (que após se separar de Jair e ir morar na Noruega, voltou ao Rio e, agora, se tornou servidora no gabinete de Celina Leão (PP-DF) no Congresso Nacional, como revelou Juliana Dal Piva, no UOL) também mostra que há outros operadores desse esquema familiar”.

“O clã Bolsonaro pagava salários a 18 parentes de Ana Cristina através de seus gabinetes. Foi pai, mãe, irmão, cunhados, tias, tio, primos, madrasta de primo contratados para atuar como servidores de Jair, Flávio e Carlos. Desses, dez estão sendo investigados e tiveram sigilos quebrados. Entre eles, Andrea, irmã de Ana, que aparece como funcionária do gabinete do então cunhado deputado federal entre 1998 e 2006”, ressalta o colunista.

“Depois que deixou o gabinete de Jair, Andrea foi para o de Carlos, na Câmara dos Vereadores do Rio, onde ficou no cargo por dois anos, chefiada pela irmã. E, a partir de 2008, se mudou para o gabinete de Flávio, na Alerj, permanecendo por dez anos como funcionária fantasma. É investigada pelo MP por rachadinha nesses dois últimos”, diz o jornalista.

Segundo ele, o especial “Anatomia da Rachadinha” mostra um esquema mafioso envolvendo as três esferas da administração pública, que se valeu da percepção de impunidade para se manter vivo por muito tempo. Um conglomerado de crime que chegou à Presidência da República.


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