05/11/2019 às 17h04min - Atualizada em 05/11/2019 às 17h04min

STF autoriza depoimento de senadores e ação da PF em inquérito sobre repasses ao MDB

Operação foi autorizada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. Senadores foram intimados a depor sobre a investigação. Fatos foram relatados em delação premiada fechada em 2017.

A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta terça-feira (5) mandados de busca e apreensão, e sequestro de bens. A operação foi autorizada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

A operação se refere a inquérito aberto em maio do ano passado para investigar supostos repasses de cerca de R$ 40 milhões da J&F a políticos do MDB durante a campanha eleitoral de 2014. A ação da PF mira supostos operadores do repasse. Fatos foram relatados em delação premiada fechada em 2017.

Foram intimados a prestar depoimento sobre os fatos apurados na operação:

  • Senadores: Eduardo Braga (MDB) do Amazonas, Renan Calheiros (MDB) de Alagoas e Jader Barbalho (MDB) Para;
  • Governador do Pará, Helder Barbalho (MDB)
  • Ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo
  • Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega

As informações partiram das delações da J&F e de Sérgio Machado, da Transpetro. Nos depoimentos, Sérgio Machado disse ter chegado ao conhecimento dele que a JBS, empresa do grupo J&F, faria doações à bancada do MDB do Senado em 2014 no valor de R$ 40 milhões, a pedido do PT.

Ainda de acordo com o delator, seriam beneficiados com a doação os senadores Renan Calheiros, Jader Barbalho, Romero Jucá, Eunício Oliveira, Vital do Rêgo, hoje ministro do Tribunal de Contas da União, Eduardo Braga, Edison Lobão, Valdir Raupp e Roberto Requião, “dentre outros”. Depois, a PGR retirou da investigação Jucá, Lobão e Requião. E acrescentou Guido Mantega e Hélder Barbalho.

Ricardo Saud, por sua vez, afirmou - segundo a PGR - que houve pagamento de aproximadamente R$ 46 milhões a senadores do MDB, a pedido do PT.

Segundo o delator, apesar de diversas doações terem sido realizadas de forma oficial, “tratava-se de vantagem indevida, uma vez que dirigentes do PT estariam comprando o apoio de peemedebistas para as eleições de 2014 como forma de assegurar a aliança entre os partidos”.


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