No momento que a maioria dos países vacina suas populações e a Covid-19 diminui o poder de propagação, o Brasil segue na contramão do mundo. Há enorme preocupação no governo Joe Biden e de cientistas nos EUA sobre os efeitos do descontrole da propagação de uma nova variante do vírus no País.
“Enquanto a pandemia continuar a crescer, ninguém estará a salvo”, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, em coletiva de imprensa, ao comentar a grave situação que o Brasil enfrenta.
Segundo reportagem do jornal Estado de S.Paulo, em pronunciamentos e entrevistas recentes, o principal infectologista do governo americano, Anthony Fauci, tem ressaltado que a cepa variante da Covid-19 “P.1”, que surgiu em Manaus, está associada a uma maior transmissibilidade e à preocupação de que a mutação possa interromper a imunidade induzida naturalmente e pela vacina.
Há cerca de um mês, Fauci afirmou que isso preocupa os americanos, que não devem derrubar tão cedo o bloqueio de passageiros que estiveram no Brasil. Nesta semana, ele voltou ao tema. “O Brasil está numa situação muito difícil. A melhor coisa é vacinar o maior número de pessoas o mais rápido possível”, disse Fauci, que chegou a dizer que os EUA poderiam ajudar os brasileiros.
A imprensa dos EUA também fez um alerta sobre a grave situação brasileira. O Washington Post descreveu a vacinação brasileira como um processo de “escassez e atrasos”, enquanto o The New York Times reporta uma vacinação lenta e sem sinalização de melhora.