23/02/2021 às 23h40min - Atualizada em 23/02/2021 às 23h40min

Justiça do Rio de Janeiro afasta Flordelis do cargo de deputada federal

Os desembargadores decidiram pelo afastamento da deputada por pelo menos um ano ou até o fim da instrução criminal, quando a Justiça define se Flordelis irá a júri popular pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. A decisão será submetida ao plenário da Câmara.

A Justiça do Rio de Janeiro atendeu a um recurso do Ministério Público (MP) e suspendeu as funções públicas da deputada federal Flordelis, do PSD. Ela é acusada de mandar matar o marido.

A decisão foi unânime e atendeu a um recurso do Ministério Público, que pediu o afastamento da deputada Flordelis. O relator do caso, o desembargador Celso Ferreira Filho, destacou que as ações da parlamentar citadas no processo podem significar interferência na apuração da verdade dos fatos.

Os desembargadores decidiram pelo afastamento da deputada por pelo menos um ano ou até o fim da instrução criminal, quando a Justiça define se Flordelis irá a júri popular pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a decisão dos desembargadores ainda precisa ser submetida ao plenário da Câmara, em Brasília.

A Mesa Diretora da Câmara informou que não há prazo para a decisão do tribunal ser apreciada pelo plenário.

Há quase cinco meses, Flordelis vem cumprindo medidas restritivas por decisão da Justiça. Usa tornozeleira eletrônica e, entre 11 da noite e seis da manhã, é obrigada a ficar na casa da família em Pendotiba, na região metropolitana do Rio, ou no apartamento funcional em Brasília.

As investigações apontaram que o pastor Anderson do Carmo foi executado por questões financeiras e de poder. Segundo a polícia e o Ministério Público, ele controlava todo o dinheiro e as carreiras política, religiosa e artística da deputada, gerando revolta em muitos integrantes da família.

Flordelis só não foi presa porque tem imunidade parlamentar. Os outros 10 réus estão na cadeia, entre eles sete filhos e uma neta da deputada.


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