Jair Bolsonaro (PSL) recuou neste domingo (3) e afirmou que não pegou nem fez backup dos atendimentos da portaria do condomínio Vivendas da Barra, onde está sua casa no Rio de Janeiro – (RJ).
Antes ele havia dito: “pegamos toda a memória da secretária eletrônica”. O ex-policial Ronnie Lessa era vizinho do ocupante do Planalto e atualmente está preso. Ele é acusado de ser autor dos tiros que mataram em ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), em 14 de março do ano passado. O homicídio está ligado ao crime organizado.
“O que eu fiz foi filmar a secretária eletrônica com a respectiva voz de quem atendeu o telefone. Só isso, mais nada. Não peguei, não fiz backup, não fiz nada. E a memória da secretária eletrônica está com a Polícia Civil há muito tempo. Ninguém quer adulterar nada, não. O caso Marielle, eu quero resolver também. Mas querer botar no meu colo é, no mínimo, má-fé e falta de caráter”, disse Bolsonaro na noite do domingo, na saída de uma partida entre Itália e Paraguai pela Copa do Mundo Sub-17 no Estádio Bezerrão, no Gama, região administrativa do Distrito Federal.
Outro suspeito do crime, Élcio Vieira de Queiroz, também acessou o condomínio e, segundo as investigações, dirigia o carro em que estava Ronnie Lessa. Queiroz é o mesmo que havia postado no Facebook uma foto ao lado de Bolsonaro.