Em nota conjunta, associações que representam delegados de polícia repudiaram as declarações de Jair Bolsonaro (PSL) que acusa o a polícia civil do Rio de Janeiro de manipular as investigações para incriminá-lo no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Para as entidades, Bolsonaro tenta intimidar a Polícia Civil do Rio, “com o intuito de inibir a imparcial apuração da verdade”, ao insinuar a adulteração de provas e referir-se ao delegado que comanda o inquérito, Daniel Rosa, como “amiguinho” do governador Wilson Witzel (PSC).
“Valendo-se do cargo de Presidente da República e de instituições da União, [Bolsonaro] claramente ataca e tenta intimidar o delegado de polícia do Rio de Janeiro, com o intuito de inibir a imparcial apuração da verdade”, destaca um trecho da nota assinada por Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil (Fendepol), e por entidades que representam a categoria no Rio de Janeiro, Amazonas e Pará.
“O cargo de chefe do Poder Executivo federal não lhe permite cometer atentados à honra de pessoas que, no exercício de seu múnus [dever] público, desempenham suas funções no interesse da sociedade e não de qualquer governo”, completa.