As três principais suspeitas de participação no esquema de candidaturas laranjas do PSL em Pernambuco negaram à Polícia Federal (PF) terem participado das irregularidades investigadas , mas afirmaram que o material gráfico feito para elas com verbas públicas teria ajudado a impulsionar a candidatura de Jair Bolsonaro no Estado.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, uma das suspeitas de participação no esquema, Mariana Nunes , relatou à PF que um contêiner com o material gráfico relativo à campanha deixava o comitê do partido diariamente e as peças eram distribuídas em todo o Estado, “pois todos os candidatos do partido produziram material para Jair Bolsonaro”.
Ainda segundo a reportagem, um ex-integrante da cúpula do PSL em Pernambuco disse em seu depoimento à PF que quando havia necessidade de material de campanha, fosse para Bolsonaro ou para qualquer outro candidato, a solicitação era feita diretamente a assessores de Luciano Bivar, presidente do PSL.
As três candidatas, que não foram eleitas, receberam R$ 781,6 mil do PSL por meio da cota mínima de 30% para candidaturas femininas. A suspeita é que elas não tenham participado efetivamente da campanha e as verbas utilizadas teriam sido desviadas para outras candidaturas.