Prosseguindo com o plano de eliminar os quadros mais bolsonaristas em São Paulo, o PSL expulsou nesta semana o deputado estadual Frederico d'Avila. Ligado ao agronegócio, ele é próximo de Jair Bolsonaro (Sem Partido) e crítico dos dirigentes do partido.
Antes dele, a sigla já havia se livrado de Gil Diniz, Douglas Garcia, hoje no PTB, considerados os mais próximos de Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A terceira e última expulsa havia sido Valéria Bolsonaro, parente distante do presidente e colocada para fora em razão de “infidelidade partidária”.
A ala bolsonarista do PSL na Alesp, que antes abrangia oito deputados, agora foi reduzida a quatro: Major Mecca, Castello Branco, Letícia Aguiar e Tenente Coimbra.
A bancada do ex-partido de Bolsonaro, eleita a maior da Alesp com 15 deputados, diminuiu para 11. O PT, com dez, e o PSDB, com nove, vêm em seguida.
D'Avila liderou, em janeiro, protestos de ruralistas contra o aumento de impostos planejado pelo governador João Doria (PSDB) para setores de alimento, energia e remédios. D'Avila também é autor de um pedido de impeachment do tucano.