12/02/2021 às 15h19min - Atualizada em 12/02/2021 às 15h19min

Escolas privadas de São Paulo suspendem aulas por casos de Covid-19

Apontadas como de excelência em segurança na volta às aulas, escolas de elite não conseguem evitar contaminações pelo novo coronavírus.

Dez dias depois da volta às aulas presenciais, escolas privadas do estado de São Paulo já registram casos de contaminação pelo coronavírus. Em instituições como Móbile, Santa Cruz, São Luís, Santa Marcelina, na capital paulista, e Jaime Kratz, em Campinas - SP, todas classificadas como de elite, estudantes, professores e outro trabalhadores da educação testaram positivo para Covid-19. Enquanto isso, na rede pública, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) já registrou 262 casos de Covid-19 em escolas da rede estadual, em todo o estado.

Apesar do discurso de que os protocolos de saúde garantem a segurança da volta às aulas, o diretor da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), Arthur Fonseca Filho, admitiu que situações como essas serão recorrentes enquanto a pandemia não estiver controlada. “Vão acontecer em todas as escolas quase todos os dias”, afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. É justamente esse o argumento de professores e outros trabalhadores da educação, de escolas privadas e públicas, que não aceitam a volta às aulas na situação atual.

No Colégio Jaime Kratz, em Campinas, houve um surto. Foram registrados 42 casos de Covid-19, sendo 37 funcionários e cinco estudantes. A escola vai ficar fechada até o dia 18 de fevereiro. A Vigilância Sanitária de Campinas, informou que o surto de Covid-19 foi iniciado na semana anterior à volta às aulas, nas reuniões de treinamento e planejamento para preparar o atendimento dos protocolos de saúde.

Na Escola Móbile, na zona sul da capital paulista, foram confirmados casos de Covid-19 de uma professora e um estudante. Todas as turmas que tiveram contato com a professora, além da turma do estudante, tiveram de entrar em quarentena. A direção alega que não houve registro de contaminação na escola, já que esta professora e o estudante não tinham contato. As escolas privadas e públicas devem funcionar com no máximo 35% dos estudantes por sala.

O Colégio São Luís, também na zona sul, afastou três turmas das aulas presenciais depois de registrar após a detecção de casos de Covid-19. Os estudantes só devem voltar após a semana do carnaval. O São Luís também alega que a contaminação não se deu na escola.

Já no Colégio Santa Cruz, na zona oeste da cidade, foram registrados dois casos da Covid-19 após a volta às aulas: um trabalhador e um estudante. A escola suspendeu as aulas da turma do 9° ano que o estudante frequenta por dez dias. O colégio tem 2.600 mil matriculados e também está funcionando com 35% dos alunos por sala por dia.


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