05/02/2021 às 18h00min - Atualizada em 05/02/2021 às 18h00min

Professores de São Paulo entram em greve no dia 8 contra volta às aulas presenciais

Apeoesp denuncia que houve casos de Covid-19 em 79 escolas da rede estadual nos últimos dias. Mesmo em greve, professores vão manter trabalho remoto.

Os professores da rede estadual de São Paulo entram em greve na próxima segunda-feira (8), contra a volta às aulas presenciais sem condições de segurança em meio à pandemia da Covid-19. A categoria vai manter as atividades remotas.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) defende que a greve tem como objetivo a preservação da vida dos professores e outros trabalhadores da educação e também denunciou que houve 147 casos da Covid-19 em 79 escolas da rede estadual nos últimos dias.

Nesta sexta-feira (5), o governador paulista, João Doria (PSDB), disse que a volta às aulas em São Paulo vai se dar de acordo com o faseamento do plano São Paulo. Isso significa que na Grande São Paulo e nas regiões de Araçatuba, Baixada Santista, Campinas, Presidente Prudente e Registro, que estão na fase amarela, poderão participar das atividades até 70% dos estudantes - que serão obrigados a voltar. Nas demais regiões, a volta dos estudantes é opcional, com limite de 35% por sala de aula. O governador não comentou sobre a greve de professores.

Nesta semana, o governo Doria emitiu termos de responsabilidade às famílias de estudantes da rede estadual de ensino em que se exime totalmente de responsabilidade caso crianças e adolescentes sejam contaminados pela Covid-19 nas escolas. O documento coloca entre as condições para retorno do aluno às aulas presenciais que, “em caso de contaminação com a Covid-19, me responsabilizarei inteiramente com os cuidados necessários, uma vez que o vírus circula em todos os locais e não somente na escola”.

O primeiro dia de planejamento da volta às aulas dos professores da rede estadual de São Paulo, na segunda-feira (1°), desmontou as propagandas do governo Doria e confirmou as preocupações dos trabalhadores da educação. Salas cheias e mal ventiladas, álcool em gel vencido e escolas ainda em reforma foram denunciadas em várias regiões do estado. Além disso, os professores criticaram a determinação de retomar as atividades presenciais de planejamento, sendo que a orientação foi toda por meio de vídeos, vistos em telões ou celulares.


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